Enviada em: 27/08/2018

A miséria social, a precária condição econômica das famílias brasileiras e o desajustamento familiar, são alguns dos principais fatores para a formação do jovem delinquente e o aumento significativo da participação dos jovens em crimes como o tráfico, é o que aponta o censo publicado pelo jornal EXAME que mostra que a média dos jovens envolvidos no tráfico na região sudeste é de 22%.  É relevante abordar, que existe uma grande relação da criminalidade com os grandes centros urbanos, o processo de urbanização no Brasil se intensificou a partir da década de 1950 com a expansão das atividades industriais que atraiu cada vez mais pessoas para as cidades. Entretanto, a urbanização sem o devido planejamento trouxe como consequência a desigualdade social, em que pequena parte da sociedade é muito rica, enquanto boa parte vive na pobreza, corroborando para a entrada dos jovens no crime em busca de uma melhor qualidade de vida.   A falta de seguridade do poder público quanto a efetivação dos direitos referente á vida, previsto na nossa constituição, como educação, profissionalização e cultura, deixam mais atraente o lucro gerado pelo tráfico de drogas por exemplo, jovens que não possuem qualidade de vida e oportunidade de reverter o quadro através da sua inserção no mercado de trabalho, acesso fácil a cursos profissionalizantes, acabam se rendendo á pratica criminosa.  Observa-se, portanto, que é necessário o desenvolvimento de políticas públicas para promover a distribuição igualitária de renda, o fácil acesso a educação profissionalizante e a conscientização da população que pode ser feita através dos programas de mídia por exemplo, para que a população em geral tenha conhecimento fático sobre a criminalidade juvenil. Assim, todos estarão juntos na construção de um país com mais equidade para todos.