Enviada em: 09/07/2018

Desde o iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa o aumento da taxa de criminalidade entre os jovens, no Brasil, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste ligada à realidade do país, seja pela impunidade, seja pela desigualdade social.        É indubitável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo Aristóteles, "a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade". De maneira análoga, percebe-se que no Brasil, a impunidade rompe essa harmonia, haja vista que jovens aproveitam a menoridade para cometerem crimes e saírem impunes.        Outrossim, destaca-se a desigualdade social como impulsionadora do problema. De acordo com o conceito Darwiniano de seleção natural, só os os seres mais fortes e mais adaptados sobrevivem em um determinado local. Nessa lógica, observa-se que numa sociedade capitalista, os pobres são os seres menos adaptados e mais fragilizados. Logo, optam pelo crime para tentar ascender economicamente.        É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Destarte, cabe ao Poder Executivo reduzir a maioridade penal para que haja a devida punição de crimes cometidos pelos jovens. Do mesmo modo, o Governo Federal deve investir em projetos que auxiliem jovens de baixa renda para que esses tenham poder econômico e não precisem entrar para o crime.