Enviada em: 23/08/2018

Segundo o sociólogo Émile Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir dotada de generalidade, coercitividade e exterioridade. Essa teoria, validada por diversos outros filósofos como Taine e Marx, demonstra a influência que o meio exerce sobre as pessoas, e é preciso destacar que essa influência é ainda maior entre os jovens, por estarem em fase de formação da personalidade, o que os torna mais persuadíveis. Levando em consideração esse fato, torna-se cognoscível que cada dia mais aumente a criminalidade na juventude, algo que precisa ser fortemente coibido.    No Brasil, observa-se que as maiores taxas de crimes cometidos entre menores de 18 anos encontram-se nas regiões mais vulneráveis do país, como as favelas e comunidades carentes. Partindo dessa premissa, torna-se muito plausível presumir que a causa do aliciamento dessas pessoas para a criminalidade está diretamente relacionada à falta de condições dignas de vida, como acesso à saúde, educação de qualidade, cultura e lazer, entre outros.     Além de estarem inseridos em uma realidade árdua, o que os torna mais vulneráveis, esses jovens assistem constantemente crimes serem cometidos sem consequências para o infrator. Essa situação, além de ferir o Código Penal, cria a ideia de impunidade, o que estimula ainda mais o aumento das taxas de criminalidade nessa faixa etária.     Diante do exposto, é imprescindível que sejam tomadas medidas cabíveis com o fito de atenuar essa realidade. Primeiramente, é de vital importância que o Sistema Judiciário Brasileiro faça cumprir a lei, punindo aqueles que cometem infrações, de modo que se evite a recorrência de episódios criminais no país. Além disso, é fundamental que o governo, em parceria com organizações não governamentais, crie programas de educação e cultura nos lugares menos favorecidos, de modo que as crianças e adolescentes sejam estimulados a frequentar escolas e não presídios. Dessa forma é possível desenvolver uma sociedade mais segura e mais justa.