Enviada em: 27/08/2018

Correntes quebradas   O filósofo Platão escreveu a metáfora sobre o mito da caverna, em que homens viviam acorrentados em uma caverna, até que um deles se liberta e se depara com uma nova realidade podendo mostrá-la aos outros. Assim como esses homens, os jovens envoltos pela criminalidade, vivem em um mundo onde o futuro deles já é definido, embasado naquilo que vivenciam. Entretanto, se houver a possibilidade de conhecimento exterior, eles poderão escolher seus futuros. Por isso, o incentivo adequado ao conhecimento deve ser realizado.   Todo jovem e criança brasileira é protegido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Este, assegura saúde, educação, alimentação, lazer, cultura e entre outros, a cada um, sem discriminação. Com todos esses direitos assegurados, não deveria haver criminalização entre jovens, porém, não é o que se vê atualmente, principalmente entre os mais pobres. A maioria são nascidos em favelas, onde a incidência criminosa é predominante e assim, precocemente aprendem a lidar com o crime.   Por conseguinte, essa realidade é apresentada e aceita por grande parte, ao passo que muitos, veem o tráfico como futuro. O grande instrumento para abrir novos caminhos ao conhecimento é a escola, entretanto, o despreparo da instituição e profissionais não convencem esses adolescentes do significado da frase do filósofo Sócrates: 'O homem para ser completo tem que estudar, trabalhar e lutar'.   Portanto, fica evidente que a criminalidade entre jovens deve ser combatida, e principalmente com a educação adequada à eles. Para isso, Ongs especializadas em jovens devem unir-se à escolas a fim de mostrar e desenvolver-lhes habilidades, seja pelo estudo teórico em livros apropriado para a realidade vivida, ou pelo estudo prático em esporte, lazer, arte ou música como prevê o ECA. Assim, os jovens brasileiros tomarão conhecimento do mundo, além daquele em que vivem, e quebrarão as correntes que os manteriam presos à criminalidade.