Enviada em: 09/10/2018

Na composição "Capitães de areia", de Jorge Amado, ilustre autor brasileiro, é contada a história de um grupo de crianças e abandonadas, que lidavam diariamente com a violência e criminalidade em Salvador. Atualmente, esse livro pode simbolizar a crescente taxa de criminalidade presente entre os jovens brasileiros. Esse cenário está intrinsecamente coeso à realidade, seja pelas heranças históricas, bem como a aspiração de uma sociedade utópica, que atuam como catalisadores para à demanda de intervenções diante dessa patologia social.      A priori, é primordial ressaltar que a falta de oportunidades entre os jovens configura-se como um desafio para a resolução do transtorno social. Nesse cenário, consoante a ideologia maquiavélica, que os fins justificam os meios; o aumento da taxa de criminalidade entre adolescentes é, então, resultado de um abandono social. Realmente, essa conjuntura requer atenção, visto que é notável os impasses referentes a segurança pública. Sob esse ângulo, percebe-se que o país enfrenta o apogeu -ponto mais distante- dos estatutos, ferindo, assim, a Carta Magna.      Outrossim, o déficit em segurança pública e ausência de projetos que incentivem a permanência do adolescente no ambiente escolar, pronuncia-se como empecilhos para a consolidação de uma sociedade harmônica. Nesse contexto, segundo o sociólogo Émile Durkheim, o indivíduo é produto de uma consciência coletiva, em vista disso, a violência implantada entre os jovens são, desdobramentos sociais. Assim, deve-se grifar que, o Brasil demanda investimento em segurança pública e seguridade estudantil, para que crianças e adolescentes brasileiros não se sintam abandonados assim como os personagens de Jorge Amado.      Dessa forma, conclui-se que banalizar o mal nesse contexto é totalmente antagônico ao desenvolvimento da estabilidade social. Logo, é imprescindível que os órgãos de segurança pública - policiais militares, civis e federais - garantam o direito de ir e vir previsto no art 5° da Constituição Federal. Além disso, é necessário o investimento em seguridade estudantil, assim, cabe ao Ministério da Educação promover campanhas estimulantes, através de projetos interdisciplinares, em escolas públicas e privadas, tanto no ensino fundamental quanto no médio, a fim de incentivar a permanência dos jovens nas escolas e diminuir a evasão. Destarte, o número de Capitães de areia inseridos na criminalidade, reduzir-se-á gradativamente.