Enviada em: 16/03/2019

De acordo com o sociólogo Émile Durkheim, a educação tem por objetivo suscitar e desenvolver estados físicos e morais que são requeridos pela sociedade política no seu conjunto. Nessa perspectiva, fica claro que a educação aparece como um amplo processo socializador baseado num ideal compartilhado pela sociedade. Todavia, no Brasil tais ideias estão desvinculadas da realidade, tendo em vista o aumento da taxa de criminalidade entre os jovens brasileiros.     É importante pontuar que conforme o relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) além da questão da juventude, os indivíduos que sofrem e que cometem homicídio possuem baixa escolaridade e são moradores das periferias ou de comunidades pobres nas grandes cidades. Ou seja, são jovens que tiveram a infância marcada por um aprendizado de violência doméstica e que, fora de casa, aprenderam que os direitos de cidadania , ao contrário do que garante a constituição, abrangem uma pequena parcela da população.    Ainda de acordo com a revista Exame, a melhora na qualidade dos serviços educacionais pode evitar que estudantes já matriculados abandonem a escola. Por consequência, isso reduz a necessidade do jovem se envolver em crimes. Além do mais, segundo nota do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) "Com muitas portas fechadas, na família, no convívio social e na escola, a única porta aberta será o mercado do crime, com a possibilidade de retornos financeiros e simbólicos. Nesse momento, o crime sempre valerá a pena”.    À vista disso, é possível perceber que os processos educacionais, atingindo a máxima de Durkheim, contribuem para o funcionamento da sociedade. Portanto, se faz urgente um investimento por parte do governo no que se refere à formação, capacitação e remuneração dos professores, bem como ás melhorias da estrutura das escolas. Logo, é necessário que os governantes se conscientizem de que um futuro promissor onde há redução da taxa de criminalidade está ligado a educação digna.