Enviada em: 07/06/2019

Com o crescimento desordenado dos centros urbanos desde o século XX, a infraestrutura político-econômica não conseguiu acompanhar e fornecer condições de vida igualmente para todos. Por esse motivo, tornou-se um fator culminante no que tange a criminalidade. Assim, esse panorama auxilia na análise da questão problemática, devido à carência em medidas socioeducativas e a fragilidade no sistema de proteção.  A princípio, conforme o sociólogo Émille Durkheim, as leis perdem sua abrangência em determinados setores da sociedade configurando um Estado de Anomia. Nesse viés, percebe-se que o conceito abordado materializa-se quando a população periférica sofre por falta de assistência do Estado, no que concerne o acesso a educação digna desde cedo. Esta que é imprescindível para abrir oportunidades no mercado de trabalho e impedir que os jovens não recorram ao crime como forma de sobrevivência, visto que cometido algum delito, sua inserção social se torna mais árdua em virtude do preconceito, aumentando mais ainda a desigualdade.  Ademais, vale ressaltar que o Brasil encontra-se no ranking das polícias que mais matam e morrem do mundo. Essa questão ocorre devido o pouco preparo e baixa remuneração que são fornecidos aos oficiais, corroborando para um aumento exacerbado nos índices criminais e insegurança da população. Partindo desse pressuposto, há um sentimento de impotência, já que o único meio de proteção está sendo inoperante diante das negligencias governamentais.  Infere-se, portanto, que para amenizar o impasse, é de fundamental importância que o Governo Federal atue efetivamente na disponibilização de maiores investimentos na base educativa, cultura e lazer nesses locais periféricos, por meio da destinação de verbas as escolas e projetos sociais, e que também haja fiscalizações para tais aplicações, a fim de fornecer condições de igualdade aos jovens e que possam conseguir alcançar sua reinserção social e desfrutar no seu futuro, de oportunidades de trabalho dignas. Em outra vertente, é essencial que o Estado conceda de forma regular o pagamento dos agentes policiais, para garantir uma melhor vigilância e minimizar as ocorrências de criminalidade, mantendo o desenvolvimento social.