Enviada em: 30/05/2019

A criminalidade juvenil brasileira, resultado de pouca empatia.  No Brasil, a criminalidade juvenil é uma grave problemática enraizada, uma consequência da desvalorização de periferias e da ausência de programas governamentais para o atendimento de menores. 60% da juventude morta anualmente pertencem a classe baixa e negra, esse mesmo grupo de jovens são aqueles que compõem a população carcerária. A falta de recursos sócio educacionais nas áreas carentes acaba levando essas pessoas para a forma mais fácil de ganhar ascensão em suas realidades, e isto muitas vezes não está dentro da lei. A marginalização do jovem periférico que no Brasil apenas aumenta, vem da falta de suas oportunidades básicas, já ocorrendo um desrespeito dos direitos humanos desde cedo, 75% desses jovens segundo uma pesquisa do G1, sofreram abuso na primeira infância, isso vem de algo cultural no Brasil, a indiferença em relação a classe de baixa renda. Logo, seguindo esse hábito brasileiro vindo desde da colonização, os agentes administrativos que de sua maioria vem de classes mais altas, não proporcionam suporte, educação e oportunidades para essa adolescência pouco favorecida. A sociedade espera uma cidadania perfeita de pessoas que nunca tiveram a chance de um processo de socialização saudável, com uma infância em sua maioria, marcada por abusos de agentes do estado, como policiais e professores, combinado com uma estrutura familiar precária, sendo jogados em lugares que supostamente serviriam para ressocialização mas que só afastam mais eles da sociedade. Portanto, cabe a coletividade dos brasileiros compreender e buscar melhorar a realidade desses jovens, não apoiar os crimes, mas sim entender os tópicos por trás disso. E certamente cabe ao Ministério da Educação e ao governo federal reorganizar seus ideais e fornecer socialização, educação e orientação antes dos delitos ocorrerem, e no caso dos já ocorridos ir atrás de interar esses jovens na sociedade para que tenham todos os direitos que lhe foram negados.