Enviada em: 11/06/2019

Desde a Revolução Francesa, processo desenvolvido para corrigir as desigualdade sociais, uma sociedade só evolui quando um se mobiliza com o problema do outro. Todavia, quando se observa os altos índices de criminalidade entre jovens no Brasil, verifica-se que esse ideal revolucionário é constatado em teoria e não , desejavelmente, na prática. Essa problemática persiste devido à falta de oportunidades de emprego ofertada aos jovens e a falta de preocupação das escolas para com seus alunos.       É indubitável que o desemprego entre jovens brasileiros vem crescendo. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, 30% das pessoas de 15 a 24 anos estão em busca de uma ocupação remunerada. Isso se deve ao mercado de trabalho mais exigente onde se prioriza profissionais com mais qualificações e experiência. Como consequência, o jovem fica a mercê do que lhe é ofertado. Muitas dessas ofertas é para "trabalhar" no tráfico de drogas, onde ele tem uma ilusão de ascensão social e se torna uma pessoa violenta para sobreviver no habitat em que está inserido.          Concomitantemente a essa dimensão, o filósofo renomado Levy Vygotsky diz que " a escola não deve se distancia dos aspectos da vida social de seus participantes". Corrobora-se a  necessidade de  uma melhor educação nas instituições de ensino, e uma maior participação dos grupos pedagógicos e dos docentes na vida de seus alunos. Contrariamente a essa lógica, o ensino público desestimula o estudante e os professores não são atentos ao comportamento dos discentes.Isso contribui com a evasão escolar que de acordo com Ariel de Castro Alves, assessor jurídico da ONG Aldeias Infantis SOS, " a evasão escolar é um dos primeiros sinais de que o adolescente pode vir a se envolver na criminalidade".         Problemas complexos pedem soluções complexas. Diante dos fatos supracitados acima, é necessário que o Poder Legislativo crie uma lei que incentive empresas, prefeituras, bancos e também o serviço público a contratarem, como aprendizes ou estagiários, os jovens dos 14 aos 21 anos que vivem em condições precárias. Assim o jovem consegue um trabalho digno se afasta da criminalidade. Em seguida, o MEC( Ministério da Educação) junto das escolas, deveriam criar projetos com a presença de uma equipe técnica, formada por psicólogos e assistentes sociais para que conversem e instruam professores, alunos e pais. Com isso, pode-se resolver alguns problemas relacionados ao comportamento do aluno e impedir a evasão escolar, impossibilitando o jovem de optar pelo crime. Estas medidas contribuem para que os ideais da Revolução de 1789 possam  começar a sair do papel e serem praticados.