Enviada em: 14/08/2019

Na obra “Ensaio sobre a Cegueira”, o escritor português José Saramago resalta: “Penso que cegamos, penso que estamos cegos, cegos que veem, cegos que vendo, não veem”. Hodiernamente, a realidade da sociedade contemporânea brasileira é análoga à obra. Os indivíduos se omitem diante o avanço da criminalidade juvenil no país. Todavia, para se obter um declínio progressivo deve, primordialmente, erradicar a desigualdade econômica colossal no país e o déficit de emprego.     A princípio, vale resaltar as consequências efetivas da discrepância na distribuição financeira da nação. Consoante ao sociólogo materialista Karl Marx, a luta de classes move a sociedade. Ademais, os jovens da classe baixa, devido a grande disparidade, não conseguem as mesmas oportunidades que os descendentes da classe favorecida, principalmente no ramo educacional. Deste modo, buscando formas de se equiparar ao abastado e de se associar à uma classe favorável, os jovens aderem um modo de vida ilegal, adentrando ao mundo do crime.   Outrossim, a crise do desemprego no país atinge também a etapa imberbe. Já que, o indivíduo se aproxima da maioridade, o cujo tende a procurar alternativas para alcançar uma renda favorável. Contudo, as oportunidades para a faixa etária são escassas, devido a falta de experiência alegada pelos empregadores, e de insatisfação remuneração, ocasionada pela carga horária associada aos estudos. Logo, o jovem vê nas transgressões a alternativa mais acessível para alcançar o sucesso.          Logo, segundo o filósofo racionalista René Descartes: “Não existem métodos fáceis para problemas difíceis.” Tornando, assim, mister, que o Estado tome providências à realidade. Portanto, urge o Ministério da Família (MDF), junto ao Ministério da Educação (MDE), ofereça a classe jovial desfavorecida uma elevação na condição financeira e educacional, por meio da distribuição de bolsas subsídios, de concursos escolhendo melhores profissionais e de auxílios à empresas privadas para ampliar a área bem remunerada aos jovens. Para que, assim, a classe petize desvantajosa se torne congruente às demais e consiga uma adequada quantia econômica. Assim, a sociedade se afasta progressivamente da obra portuguesa de José Saramago, se tornando efetivamente cautelosa ao problema.