Enviada em: 28/10/2017

A criminalidade não é um problema atual,contudo o aumento exacerbado de crianças e adolescentes envolvidas nesse âmbito vem assustando as autoridades brasileiras. A falhas na correção geram regresso ao crime e retratam o porquê dessa realidade ainda ser recorrente.        Por conseguinte, apesar do governo possuir medidas socioeducativas para jovens que cometem esses atos, ainda existe um longo caminho a ser seguido. É preciso compreender, antes de tudo, o porquê de jovens agirem contra as regras que regem a sociedade. A certeza de punições leves como pena máxima de três anos pode ser um dos motivos.       Desse modo, em 2017 dois casos de assassinato envolvendo menores chocaram o país. Ambos ocorridos em Goiânia e cometidos por rapazes de 14 anos. No primeiro, um jovem esfaqueou a vítima no condomínio onde moravam, contou a polícia que o fez porque sentiu vontade de matar. O segundo, motivado por bullying, abriu fogo em sala de aula contra os colegas, assassinou dois e deixou mais quatro hospitalizados.        Ainda há, além disso, mais um ponto preocupante. Os jovens reclusos não possuem uma boa reinclusão na sociedade. Assim, motivados pela vingança e pela facilidade de retorno ao crime, muitos entregam-se a essa vida novamente. Segundo o Conselho Nacional de Justiça, um a cada quatro voltam à cometer atos infracionais após cumprir pena.       Medidas, portanto, são indispensáveis para solucionar o impasse. Pitágoras afirmava que ao educar as crianças não será necessário punir os homens. Logo, o Ministério da Educação deveria destinar parte da verba ás escolas e aos meios midiáticos para que uma intensa propaganda conscientizadora seja feita na sociedade a fim de de diminuir o número de ocorrências através da educação. O legislativo, além de punir com mais rigor, deveria criar um plano de reinserção do jovem na sociedade após seu período recluso. Durante o período de semiliberdade ou internação, o jovem deveria,além de serviços comunitários, aprender cursos técnicos que o preparem para o mercado de trabalho. Evitando, assim, a volta ao crime.