Enviada em: 26/02/2018

A taxa de criminalidade entre os jovens no Brasil vem apresentando crescimento significativo. Isso é o reflexo de uma sociedade que não se preocupa com menores de idades, ou seja, com as pessoas que serão responsáveis pelo futuro do país. Dentro desse contexto, há várias causas do problema, mas é importante dar destaque às questões ligadas à educação pública e da vulnerabilidade social que muitas crianças e adolescentes sofrem.       É incontestável que o problema tem relação com a ineficiência da educação brasileira. Para o filósofo prussiano, Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Porém, os dados sobre a evasão escolar vai contra o pensamento do filósofo. Segundo dados do Censo Escolar, divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira – INEP, em conjunto com o Ministério da Educação – MEC, a fuga das escolas brasileiras já somam 11% apenas no ensino médio. Esses dados que comprovam que existem falhas significativas, principalmente no método de ensino que, infelizmente, faz com que o indivíduo desista de continuar estudando, frustrado, muitas vezes acaba entrando para o mundo do crime.         Além disso, a questão da vulnerabilidade social tem grande envolvimento nesse impasse. O Estado é o principal ator, uma vez que pode assegurar que o direito ao trabalho, à educação, ao lazer, não sejam exclusivos. Entretanto, há um grande quadro de desigualdade social e poucas políticas públicas para reverter o mesmo. Dessa forma, expondo crianças e adolescente à violência constante, principalmente nas regiões periféricas onde o índice de crimes cometido por jovens é grande.        Torna-se evidente, portanto, que esse aumento da taxa de criminalidade entre os jovens brasileiros é alarmante, por isso medidas são necessárias para que haja efetividade na intervenção do impasse. Para isso, é importante que MEC implemente uma educação mais motivadora com o incentivo à leitura, ao esporte, que não dificulte no desenvolvimento da criatividade do indivíduo, a fim de evitar que ciclo – desinteresse às aulas, fuga das escolas e ascensão ao crime – aconteça. Também é necessário que o Estado fique mais atento com relação à população marginalizadas, investindo em educação de qualidade, cultura e lazer, para que isso não só contribua com a expectativa de vida e desenvolvimento saudável dessa população pouco privilegiada, como também dificulte o acesso aos atos imorais e antiéticos vistos constantemente na sociedade atual. Dessa forma, o futuro desse país, com certeza, será muito melhor.