Enviada em: 22/03/2018

Todos são culpados    A lei nº 13.257 da Constituição do Brasil, descreve que é dever da família, do Estado e da sociedade em geral, assegurar os direitos à vida, à convivência familiar, à educação, à dignidade e ao respeito, entretanto, esses agentes em muitos casos são ineficientes na garantia de tais direitos, o que tem levado crianças e adolescentes ao mundo do crime.    Um estudo do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), em 2012, mostrou que na maioria das vezes que jovens são levados aos centros de internação, eles vêm de famílias desestruturadas: violência doméstica, situação de rua e até mesmo os próprios pais cometem delitos. Esse ambiente hostil contribui para que a formação das crianças e dos adolescentes sejam afetadas, de forma que eles pensem que certas práticas, como o roubo e o assassinato, são aceitáveis.    Além disso, o Estado que era pra ser uma forte instância para esses jovens, acaba por se mostrar ineficiente. As escolas, que deveriam ser um contrapeso, para aqueles alunos que vivem uma situação familiar complicada, são totalmente o contrário, pois são sucateadas e desestimulam os indivíduos, que muitas vezes já estão desacreditados de si mesmo, ao estudo.    Dessa forma, quando a família e a educação não conseguem ajudar, os jovens buscam a sociedade e também encontram a perversa situação da desigualdade social, e é ai que ele recorre a criminalidade, pois, esses adolescentes tem desejos como qualquer outro, por usar roupas boas e celulares da moda, e para eles o crime lhes propicia tudo isso.    É necessário, portanto, que as mudanças aconteçam em dois aspectos: educação e distribuição de renda, tendo o Estado como condicionador de tais ações e tendo em vista uma formação social digna e que torne menos atrativo o mundo do crime. Sendo assim, as escolas deveriam receber mais investimentos, tanto para que seus alunos tenham mais ânimo em aprender, quanto para realizar uma ligação entre pais e filhos, através de reuniões com auxílio psicopedagógico para auxiliar na construção ou reconstrução de uma estrutura familiar sadia.  Outra medida seria aumentar o auxílio dado em programas sociais como o Bolsa Família para amenizar a absurda discrepância social existente.