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Enviada em: 03/04/2018

“Eduque as crianças e não será necessário castigar os homens”. De acordo com Pitágoras, a educação é necessária a fim de evitar a punição humana. Entretanto, tendo em vista o aumento da taxa de criminalidade entre os jovens brasileiros, urge a necessidade de problematizar os caminhos que a disparidade no êxito de tal exercício educacional tem resultado no cotidiano desses civis. Ainda, essa ascensão também se deve ao fato do crescimento do tráfico e da ausência de política públicas que amparem as vítimas aliciadas.       Em primeiro plano, ressalta-se que a fragilidade no fomento governamental à educação e à cultura de jovens carentes no país tem como consequência a marginalidade nas condições de vida desses sujeitos, como a delinquência, o cárcere e, por fim, a morte. Exemplo disso é a quantidade de adultos presos se mostra maior que o número de menores exercendo atividades socioeducativas, como relata Ariel de Castro Alves, membro do Movimento Nacional de Direitos Humanos.       Além disso, semelhante ao estímulo precoce exercido em crianças espartanas para guerrearem em prol de sua cidade, o encorajamento ao tráfico de drogas se revela corriqueiro desde a infância dos brasileiros até a fase adulta. Dado isso, interpreta-se que a omissão da comunidade perante a reintegração social desses indivíduos afeta diretamente na manutenção dessa ampliação, consistindo na formação de dependentes químicos submissos à violência, tendo em vista que propostas de inclusão não são levadas a sério quando comparadas em discursos paliativos de propósito militante.       Face às considerações exploradas, cabe ao Ministério da Educação, junto ao Governo, fornecer o acompanhamento de profissionais e assistentes sociais, por intermédio de subsídios, a fim de evitar problemas de evasão escolar, bem como o incentivo fiscal na contratação de adolescentes, oferecendo oportunidades de inserção profissional aos jovens que vivem em condições socioeconômicas precárias e a disponibilização de coletivos, gincanas, filmes e debates nas escolas, objetivando incluir esses cidadãos em atividades de lazer e cultura. Ainda, compete à mídia abordar a integração juvenil diante a permutação de substâncias ilícitas, mediante novelas, propagandas e do patrocínio federal, com o intuito de trazer discussões à comunidade referente ao restabelecimento da vida desses personagens e, com auxílio do Ministério da Justiça, divulgar postos de denúncias a fim de cooperar na prisão de traficantes que abusam dos elementos sujeitos à infância ou adolescência, garantindo o enrijecimento da vigilância, junto a viaturas e câmeras, nas zonas periféricas e nos centros urbanos brasileiros. Só assim será possível a construção de um país condizente com a premissa pitagórica e que faça jus à segurança, conforme rege o Estatuto da Criança e do Adolescente.