Enviada em: 06/08/2018

No ano de 2016, pela primeira vez, desde a década de 90, o Brasil registrou um aumento na taxa de mortalidade infantil. Sendo assim, discutir sobre tal problema social e suas causas tornou-se necessário, na tentativa de encontrar a raiz do problema e direcionar o país, mais uma vez, ao mapa da quase extinção de mortes precoces - até um ano de idade. Dessa forma, é importante ressaltar o aparecimento de doenças infantis no Brasil e a crise econômica, social e política enfrentada que, de forma direta, contribuem para o aumento nas taxas de mortandade infantil.       Sob esse viés, vale destacar a difusão da microcefalia no ano de 2016, doença que atingiu cerca de 2000 crianças brasileiras, segundo o Ministério da Saúde.  Tal doença, causada pelo Zika vírus e transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, alastrou-se por todo território brasileiro e é uma das causas da elevação nas taxas de mortalidade infantil na maioria dos estados, principalmente das regiões Norte e Nordeste, onde os números de mortes foram as maiores.       Além disso, é importante salientar a crise econômica vivenciada no Brasil e os prejuízos que ela causou e ainda poderá causar na saúde pública. Devido a diminuição dos investimentos na saúde, saneamento básico, entre outras condições básicas de sobrevivência, muitas famílias estão submetidas a situações de extrema pobreza, sem qualquer amparo por parte do Estado. Ademais, é escasso o oferecimento do suporte a mulher durante gravidez e o puerpério, visto que pré-natal, médicos especializados, entre outros recursos estão sendo menos disponibilizados.       Portanto, na tentativa de garantir que as taxas de mortalidade infantil voltem a cair, o Governo é agente fundamental, através da oferta de todo suporte necessário a mãe e o filho durante e depois da gravidez, por meio de investimentos na saúde pública. E por fim, o Estado pode monitorar programas sociais como o Bolsa família, para que ele alcance o maior número de famílias, tirando-as da condição de extrema pobreza e ofertando, indispensavelmente, condições básicas de sobrevivência.