Enviada em: 09/08/2018

Produto da convergência de problemas entre os quais a recessão financeira e o declínio do sistema público de saúde, a mortalidade infantil volta a crescer no Brasil. Entre os principais fatores, vale destacar as complicações na gravidez e no parto. Por conseguinte, torna-se indispensável dizer, acerca da epidemia do vírus Zika,que colaborou com a emergência da má formação congênita, entre os alarmantes índices de óbitos de crianças antes de um ano de idade.   No que se refere às complicações na gravidez e no parto, é de suma importância apontar a diminuição da abrangência de programas estatais, como o Projeto Cegonha. Este, por sua vez, com a finalidade de planejar e acompanhar a saúde da mulher durante a gestação, diminuiu drasticamente suas metas de atendimento, em razão da crise financeira brasileira e corte de investimentos sociais.   Outrossim, em virtude da epidemia do vírus Zika, doenças congênitas como a microcefalia passaram a constar como uma das razões sumárias para o aumento da mortalidade infantil. À princípio, é necessário ressaltar, as péssimas condições sanitárias que ainda predominam em diversas localidades do país. De tal maneira que, apesar dos esforços estatais em combater o mosquito Aedes Aegypti ( vetor do agente responsável pela doença),é indiscutível que ainda há um longo caminho para erradicá-lo.   Portanto, urge a necessidade do governo brasileiro de aplicar maiores investimentos nos serviços de saneamento básico, por intermédio do tratamento do esgoto e fornecimento de água potável, de tal modo que isso  evite o contato de mulheres grávidas com os ovos do mosquito Aedes Aegypti. Aliado à isso, é fundamental que investimentos sociais possuam atenção das autoridades , de forma a permitir que gestantes possuam acesso ao planejamento neonatal e pré natal nos hospitais públicos.