Enviada em: 09/08/2018

Desde o surgimento do capitalismo moderno, esse sendo um conceito analítico em Weber e não um fenômeno historicamente datado, que a eficácia dos serviços públicos oferecidos à população tem passado por um processo de evolução. Porém, mesmo com o avanço quanto humanidade da civilização, a população brasileira hodierna, como em uma narrativa Kafkiana, assiste perplexa ao aumento da taxa de mortalidade infantil no país. Isso ocorre devido a ineficiência educacional em consonância com a deficiência coercitiva do Estado.   Com efeito, a mediocridade no ensino de conteúdos referentes aos cuidados que devem ser tomados durante e após a gravidez faz com que haja um elevado número de mortes de crianças antes de completar um ano de vida. É possível constatar esse fato ao notar que na Base Comum Curricular não estão inseridas disciplinas que versem sobre as devidas medidas para a gravidez e pós-natal. Nesse sentido, de acordo com a análise foucaultiana, o ensino se torna mecanicista ao invés de social.  Outrossim, mesmo a Constituição Federal de 1988 tendo gerado grandes avanços sociais, a mansuetude tanto das leis quanto da aplicação dessas colabora para a ampliação do problema da mortalidade infantil no Brasil. A deficiência dos serviços públicos oferecidos, como saneamento básico, disponibilidade de remédios e vacinas, são exemplos da falha do assistencialismo governamental. Para Karl Marx, as condições materiais de uma estrutura social condicionam as relações entre os seus componentes. Dessa forma, o arcabouço de leis vigentes deve nortear os atores sociais para o convívio harmônico.   Associando, portanto, a ineficiência educacional e a deficiência coercitiva do Estado tem-se o problema do aumento da taxa de mortalidade infantil no Brasil. Para que isso seja resolvido, torna-se imperativo que o MEC, em parceria com ONGs, realizem palestras educativas, em instituições públicas e privadas, a fim de orientar as grávidas sobre os cuidados que devem ser tomados durante e após a gestação, a fim de diminuir as taxas de mortes infantis. Além disso, o Governo, com o devido uso das verbas públicas, deve aprimorar os serviços públicos oferecidos à população, a fim de melhorar a qualidade de vida e evitar os casos de mortalidade de crianças de até um ano de idade.