Enviada em: 12/08/2018

No século XX, depois da Segunda Guerra Mundial, a Terceira Revolução Industrial propiciou significativos avanços no campo tecnológico e científico. Entretanto, tais mudanças, no Brasil, não são suficientes para conter o aumento da taxa de mortalidade infantil, o que evidencia a necessidade de uma articulação entre sociedade e Estado para combater essa realidade. Dessa maneira, a falta de investimento governamental na área da saúde e o aumento do número de gestantes que fazem uso de entorpecentes estão diretamente relacionados à problemática.       A princípio, destaca-se que o governo brasileiro adotou uma política de reduzir o investimento na área de saúde pública. A saber, a Proposta de Emenda Constitucional 241 estabelece uma restrição quanto ao fornecimento de recursos financeiros para setores de base, o que prejudica a qualidade do serviço prestado por diversas instituições públicas, como o Sistema Único de Saúde. Com efeito, a redução da disponibilidade de recursos intensifica a carência estrutural e profissional do SUS e compromete processos fundamentais para garantir o nascimento de bebês saudáveis, como o pré-natal. Portanto, é evidente que a política econômica estatal se configura como um ato de negligência e contribui para aumentar o número de crianças que morrem antes de um ano de vida.       Ademais, ressalta-se que há um aumento na quantidade de gestantes que fazem o uso de drogas, devido a uma tentativa de fuga da realidade. Uma parcela das mulheres grávidas vivem um contexto de dificuldade financeira e ausência de apoio do pai da criança, principalmente no âmbito psicológico, e a negação da realidade é uma característica da sociedade brasileira, pois é fundamentada em ideais platônicos com a constante busca pelo Mundo Ideal. Dessa forma, o consumo de substâncias ilícitas causa graves problemas de saúde para os recém-nascidos, como hipertensão e taquicardia, o que pode acarretar em óbito para a criança.      Urge, destarte que ações sejam realizadas com o fito de combater o aumento da taxa de mortalidade infantil no Brasil. Primeiramente, cabe ao Governo Federal garantir a qualidade e eficácia dos serviços oferecidos pelo SUS às gravidas, por meio de uma revisão no plano econômico em que seja priorizado a liberação de recursos para o setor da saúde, como também uma fiscalização eficaz de como serão utilizados esses investimentos. Desse modo, o objetivo é reduzir o número de crianças com menos de um ano que morrem devido às carências dos serviços públicos. Concomitantemente, o Ministério da Saúde deve melhorar o apoio às mulheres gestantes que usam drogas, por intermédio de um programa mais amplo de auxílio em que será oferecido um acompanhamento médico e psicológico até os primeiros anos de vida do nascido. Assim, será possível reduzir os casos de morte infantil.