Enviada em: 13/08/2018

Em novembro de 1904 no RJ, o médico sanitarista Dr. Oswaldo Cruz,  implementa a vacinação como forma de combate a varíola, salvando milhares de vidas e diminuindo a taxa de mortalidade daquela população. Hoje não só a população carioca ou a varíola, mas sim o país sofre com a alta nos índices de mortalidade infantil. Diante dessa aterrorizante realidade cabe analisar uma de suas principais causas, assim como a posição do congresso em meio a tamanha calamidade.   A mortalidade infantil se caracteriza como - a morte de crianças antes de completarem um ano. Depois de 26 anos o Brasil registrou alta nos índices de mortalidade infantil, contabilizando 14 mortes  a cada 1000 nascimentos, segundo dados do Ministério da Saúde publicados em 2016, o que deu luz a discussão quanto a problemática, bem como levando a uma olhar mais amplo e profundo do sistema de saúde pública.    Desestruturado. Lamentavelmente é o que caracteriza o atual sistema de saúde pública brasileiro. Tendo um de seus reflexos visíveis no aumento dos índices de mortalidade infantil, uma vez que o acompanhamento médico e profissional é de extrema importância desde o pré-natal até os primeiros anos de vida. Contudo, com a ineficiência  desse sistema as mães e famílias mais pobres, que dependem direta e exclusivamente  do mesmo são as mais afetadas, já que não encontram o tratamento e acompanhamento adequado - e isso tornou-se umas das principais causas da alta dos índices de mortalidade infantil.   Além disso, em 2016 a Câmara dos Deputados aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, 55. Os pormenores da mesma é congelar os gastos públicos por 20 anos, ou seja, pelos próximos 20 anos os investimentos em saúde estarão estagnados. Justamente no momento em que o sistema de saúde requer mais do que nunca atenção, cuidados e investimentos especiais o governo decide, de certa forma, abandona-lo.   Torna-se evidente, portanto, diante de tão  alarmante realidade, que - o governo reestruture por meio de um amplo planejamento o sistema de saúde pública direcionado às gestantes (pré e pós parto) oferecendo-as cuidados e acompanhamentos necessários. Também ONGs e movimentos sociais por meio da mídia e da internet  possam elaborar e divulgar campanhas de conscientização e prevenção, como também pressionarem o congresso para que medidas como a PEC 241,55 não tornem a ser aprovadas sem que a sociedades esteja a par. Para que assim como o trabalho conjunto entre o Dr. Oswaldo Cruz e governo foram capazes de erradicar a varíola e diminuir a taxa de mortalidade, agora possamos seguir o mesmo caminho e evitarmos e contornamos a alta da taxa de mortalidade infantil.