Enviada em: 16/08/2018

Com o advento da Revolução Industrial no século XIX, as crianças também se tornaram vitimas de precárias condições de trabalho, fato esse que contribuiu diretamente para que muitas morressem precocemente. Emboras as sociedades tenham evoluído cientificamente e socialmente, ainda na contemporaneidade, a mortalidade infantil se faz presente e, no caso do Brasil, essa estatística tem aumentado principalmente pela inoperância estatal nas políticas de saúde pública.    Convém ressaltar, a princípio, que a existência de um sistema público de saúde com qualidade é primordial para o desenvolvimento infantil. Segundo a Constituição Federativa Brasileira, é assegurado o direito à proteção  à maternidade, assim como a proteção à infância. Entretanto, é perceptível que esses conceitos são amplamente violados, uma vez que, a falta  de leitos neonatais nas maternidades, assim como a falta de vacinas infantis, acompanhamentos pré-natais e pediátricos evidenciam a ineficácia do sistema público de saúde brasileiro, que não tem garantido nem mesmo a vida dos pequenos cidadãos, tampouco os direitos citados   Além dessas questões, vale salientar que a pobreza também é um fator influente na questão. Isso decorre do fato das regiões menos favorecidas serem carentes de políticas de higienização pública, tais como saneamento básico e coletas periódicas de lixo. Dessa forma, a contaminação por doenças como leptospirose, cólera, dengue e verminoses é impulsionada, o que torna as crianças de favelas vítimas diretas dessas enfermidades, que em alguns casos podem levar até à morte. Consoante aos dados divulgados pelo blog Saúde IG, as regiões norte e nordeste - as mais pobres do Brasil - foram as que apresentaram maior índice de crescimento da taxa de mortalidade infantil, o que confirma a pobreza como um fator determinante na morte de crianças.    Postas essas situações, é indubitável a necessidade de intervenção. Portanto, cabe ao Ministério da Saúde garantir condições dignas de desenvolvimento infantil, isso, por meio da construção de maternidades que deem total suporte, tanto no pré quanto no pós-natal, que ofereçam acompanhamentos médicos, análises de crescimento, assim como tratamentos que possam combater anomalias que venham a prejudicar a vida dos bebês, a fim de garantir a saúde dos recém-nascidos e, por conseguinte a vida dos recém-nascidos. No mais, é imprescindível que o Governo Federal promova a ampliação da oferta de saneamento básico através da associação com cooperativas que promovam essas ações nas regiões carecidas, para que assim, a mortalidade infantil não seja mais parte da realidade nas favelas. Ademais, seguindo essas medias, caminhara-se para um Brasil mais próximo da constituição, no qual o direito à infância sera totalmente respeitado.