Enviada em: 20/08/2018

É incontestável que a mortalidade infantil, morte de bebês com menos de um ano, é um grave problema social, que tem como principal agente causador o Estado e pode gerar problemas a outros setores. Sobre tal imbróglio o Brasil tinha, devido à melhoras da economia, uma diminuição linear do número de mortes dessa faixa, no entanto a partir de 2015 esse voltou a crescer. Assim, interpela-se: Que fatores acarretaram esse processo? Quais as possíveis consequências?        O contrato social, definido por John Locke, diz que o Estado tem por dever assegurar os direitos essenciais à população. Sob este ângulo, o aumento da mortalidade infantil pode ser considerado uma quebra desse contrato. Sobretudo, tal aumento é reflexo da instabilidade financeira e política, as quais geraram desemprego, logo maior dependência dos serviços públicos de saúde, os quais sofreram cortes de investimentos o que acometeu principalmente os procedimentos pós-parto.        Ademais, além de acometer o setor social, tal problemática, se persistir, afetará a conjuntura previdenciária. Isso se evidencia pelo fato de o país passar por um processo de inversão da pirâmide etária, ou seja, menor natalidade e menor mortalidade da população , como também a diminuição desta base, pela mortalidade infantil, acarretará na diminuição da população economicamente ativa.        Está exposta, portanto, a configuração negativa da mortalidade infantil no contexto brasileiro. Assim, cabe à população pressionar o Estado, através manifestações por melhores condições de saúde, e esse deve promover reformas da previdência e priorizar em qualquer situação o Sistema Único de Saúde, no que se refere ao não corte de gastos, além de aprimorar programas sociais destinados à mães, para que os bebês tenham melhores condições de saúde pública e assim, a médio prazo, diminuir a mortalidade infantil.