Enviada em: 26/10/2018

Na era pós-industrial, faz-se notório os diversos avanços conquistados pela conjuntura global. Verifica-se, primordialmente, um progresso respeitável na área da saúde, a qual, se comparada ao cenário vigente na modernidade, transformou-se beneficamente. O corpo social, contudo, não conseguiu se desvincular de herdades medievais e a taxa de mortalidade infantil permanece alta no Brasil. Desse modo, é irrefragável que essa efetivação estarrecedora configura-se uma problemática nacional, causada, principalmente, pela negligência governamental em atenuar o imbróglio.    Em primeiro plano, é importante ressaltar que o pais havia melhorado significativamente os números tangentes a esse problema, tornando-o menos preocupante durante 15 anos, período em que os índices estiveram mitigados. O cenário, entretanto, transmutou-se em 2016, quando, pela primeira vez em quase duas décadas, os dados retrocederam assustadoramente, retornando aos valores alarmantes do século passado. Nesse sentido, é evidente salientar o papel fundamental do Governo como reverberador dessa situação crítica, uma vez que a redução de gastos nos âmbitos básicos colaborou, de maneira direta, para que esses casos voltassem a acontecer elevadamente. Diante disso, torna-se salutar a intervenção estatal nesse contexto.    Em segundo plano, é imprescindível elucidar as consequências da diminuição de investimentos na esfera de saúde nacional. Indubitavelmente, infere-se a existência de uma relação entre a violência obstétrica e a letalidade dos vulneráveis, visto que ambas estão atreladas e possuem finalidades irreversíveis. Além disso, adversidades tangentes à questões relacionadas a saneamento básico são potencializadas quando os poderes governamentais agem de maneira contraproducente no campo social - de acordo com a Fundação Abrinq, a maioria das mortes infantis são efetivadas em decorrência da ingestão de água contaminada. Desse modo, é pertinente ratificar que atitudes exíguas criam um ciclo vicioso, o qual é sempre maléfico para a coletividade. Analogamente aos ideários defendidos pela corrente modernista no Brasil, é necessário que a hodiernidade desvincule-se de práticas vetustas e crie novas, que respeitem, fidedignamente, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).   Constata-se, portanto, que a mortalidade infantil é uma problemática nacional que urge soluções eficazes. Consoante a isso, é fundamental que o Governo, por meio do Ministério da Fazenda, elabore políticas públicas que visem aumentar o orçamento destinado à saúde, com a finalidade de evitar a ocorrência dessas. Para que isso seja feito, deve-se analisar os planejamentos entre 2000 a 2015, período em que esse imbróglio esteve atenuado e adequá-los ao contexto atual. Assim, o país desfrutará de resultados eficientes e a sociedade afastar-se-á da similaridade com a época medieval.