Enviada em: 03/10/2018

No Brasil, a preocupação com a saúde pública remonta à Era Vargas, em meados do século XX, período em que foi criado um ministério afim de institucionalizar essa área e, que mais tarde, ocasionaria na criação do SUS (Sistema Único de Saúde). No entanto, apesar dos avanços provocados por esse serviço, o Estado ainda encontra desafios, como o aumento da taxa de mortalidade infantil, seja por insuficiências governamentais, seja pelo difícil acesso ao sistema por famílias mais carentes.    De acordo com relatório do Ministério da Saúde, a taxa de mortalidade infantil no Brasil subiu 4,8 por cento entre 2015 e 2016, representando o primeiro aumento em 26 anos. A taxa estava caindo desde 1990, quando foram registradas 47,1 mortes para cada mil crianças com menos de um ano. No entanto, em 2016 foram contabilizados quatorze óbitos de crianças com até um ano a cada mil. O Ministério da Saúde explicou que o indicador foi afetado pela redução de 5,3 por cento na taxa de nascimento ocasionada pelo adiamento da gestação diante da epidemia de zika vírus que colocou o Brasil em uma emergência sanitária e pela crise econômica que afeta o país. Porém especialistas na área da saúde e gestantes contrariam os dizeres do Ministério, eles relatam falta de investimento em hospitais, postos de saúde e principalmente as gestantes que reclamam pela dificuldade de conseguir um especialista para o acompanhamento do pré natal.     A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem alertado para a queda na cobertura vacinal em todo o mundo, o que pode permitir o retorno de doenças já erradicadas. Além disso, houve uma alta de 12 por cento nas mortes de menores de 5 anos por diarreia, desnutrição, pneumonia, passando de 532 para 597 no mesmo período (2015-2016). As regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste, foram as que mais registraram crescimento de mortes. Além disso, os mais afetados são as esferas mais pobres da sociedade, sendo atingidos pela precariedade no serviço de saúde, haja vista que elas dependem única e exclusivamente desse sistema. Atrelado à isso, podemos citar o o saneamento básico no País que é inconsistente e não acessível à toda a população em pleno século XXI. A atividade relacionada ao tratamento de água, coleta de lixo, por exemplo são alguns dos problemas que brasileiros humildes enfrentam diariamente , lembrando que a falta desses serviços básicos aumenta o avanço de doenças,  afetando principalmente menores de 5 anos.       Diante disso,é dever do Ministério da saúde investir em saneamento básico nas áreas mais humildes, além de destinar verbas para a melhora da infraestrutura dos hospitais, postos de saúde e maternidades, com o intuito de proporcionar uma assistência adequada à gestantes, principalmente aquelas sem condições financeiras que são as mais prejudicadas, infelizmente.