Enviada em: 26/10/2018

Assim como a pedra no meio do caminho, de Carlos Drummond de Andrade, a mortalidade infantil tem impedido a passagem da nação rumo o cumprimento dos direitos alienáveis ao ser humano, entre eles a saúde. Nesse contexto, não há dúvidas de que a garantia do direito à saúde para esse grupo é um desafio para o país, o qual ocorre, infelizmente, devido a negligência do Poder Público relacionados a falta de eficiência dos setores da saúde e combate a doenças epidêmicas, que atingem crianças e recém nascidos. Diante disso, faz-se passível de discussão a questão da mortalidade infantil no Brasil.        Em vista disso, segundo a Carta Magna de 1988, é direito de todo o cidadão ter acesso de qualidade a saúde. Todavia, isso não ocorre na maioria dos hospitais públicos do país, os quais enfrentam dificuldades como na infraestruturas e a falta pediatras para atender a demanda de mulheres grávidas, que não possuem um plano de saúde privado, devido as dificuldades financeiras. Ademais, a falta de vacina nos postos de saúde torna-se um problema ainda mais grave para essas pessoas, visto que as crianças ao nascerem não possuem um sistema imunológico capaz de combater algumas doenças, como a própria gripe, que ao atingir um grau mais crítico pode causar a morte da criança. Isso ocorre em virtude da falta de investimentos do setor público na saúde, que não conseguir disponibilizar um atendimento necessário para garantir o desenvolvimento de crianças e recém nascidos.        Outrossim, na antiguidade, em Esparta matava-se as crianças que nasciam com deficiência, acreditando que elas não seriam de importância para a sociedade da época. Análogo a isso, é possível perceber que há um descaso com a preservação da saúde de crianças no país, uma vez que programas de combate ao vetor do vírus da Zika, por exemplo, são constante mente deixados de lado pelo Estado.Com isso, esse vírus atinge gestantes causando deformação no feto, além de crianças que podem gerar, também, casos graves. Dessa forma, a falta de programa públicos de saúde, durante o decorrer do ano, resulta na volta do mosquito vetor, o Aedes aegypti, permanecendo constante a sua proliferação e consequentemente acometendo os grupos mais jovens, e assim aumentando a taxa de mortalidade infantil.         Infere-se, portanto, que medidas precisam ser tomadas para atenuar o problema. É imprescindível que o Estado promova a construção de novas unidas de atendimento a gestante, por meio da destinação de recursos, que venha atender a demanda, inclusive para contratar novos pediatras, com o intuito de garantir o desenvolvimento da criança e combater a mortalidade infantil. Além disso, cabe ao Governo promover programas de saúde, os quais permaneçam em atividade durante todo o ano, a fim de erradicar o agente vetor da Zika. Só assim será possível retirar a pedra e e garantir o direito a saúde.