A mortalidade infantil é um indicador que apesar de não participar da composição do IDH - Índice de Desenvolvimento Humano, utilizado como comparativo no mundo, fornece dados relevantes sobre a realidade, auxiliando a definição de linhas prioritárias para o desenvolvimento social. No Brasil, seu crescimento foi acentuado no biênio 2016 - 2017, revelando o progressivo aumento da pobreza, da desnutrição, da falta de saneamento básico, saúde e educação para grande parte da população. Em retrospectiva, na década de 1960, essa taxa era 6 vezes maior do que atualmente, de tal forma que um terço da população era analfabeta e a principal causa de óbito em menores de 4 anos eram doenças parasitárias. Com a consolidação dos avanços sociais, o país conseguiu sair do mapa da fome da ONU - Organização das Nações Unidas, em 2014, demonstrando evolução nos indicadores de qualidade de vida. Além disso, com a criação do PSF - Programa de Saúde da Família, foi possível a inserção de equipes de saúde em lugares remotos, ampliando o acompanhamento a gestantes e puérperas. Ademais, nesse período foi implantado um programa de imunização pioneiro no país, embora hoje a cobertura vacinal apresente decréscimos, levando a surtos de doenças erradicadas, como a poliomielite e o sarampo, que incidem diretamente no aumento da taxa de mortalidade infantil. Em suma, é importante que o país continue investindo em políticas sociais de longo prazo. Para isso é necessário que o Ministério do Desenvolvimento Social continue incentivando programas como o Bolsa Família, que tirou milhares de pessoas da linha da pobreza e desnutrição. Além disso, o Ministério da Saúde deve continuar a ampliação da atenção primária, o que economiza investimentos, com uma grande porcentagem de resolução de problemas. Também deve investir na conscientização sobre a importância da vacinação, através de campanhas e ações educativas em postos de saúde, escolas e outros locais de amplo acesso, contribuindo com a melhoria desse e de outros indicadores sociais.