Enviada em: 27/03/2019

Embora o índice de mortalidade infantil no Brasil tenha diminuído com a evolução tecnológica que permitiu os avanços médicos, essa taxa ainda é elevada quando comparada a outros países com maior desenvolvimento que, em geral, apresentam um bom atendimento às necessidades básicas de um indivíduo. Dessa forma, é evidente a associação entre mortalidade infantil, infraestrutura, saneamento e informação, fato preocupante para o Brasil, já que no país o investimento nessas áreas ainda é extremamento precário.      Sob esse viés, ressalta-se que a ineficácia dos serviços públicos ainda é um empecilho para a minimização da mortalidade infantil. Isto é, para se ter uma gravidez saudável e excelente é necessário auxílio do Estado em relação ao saneamento básico, visando ter-se uma boa alimentação, à assistência e orientação às gravidas e acompanhamento profissional ao recém nascido, principalmente às famílias de baixa renda que não possuem condições financeiras de pagar por serviços particulares. No entanto, falta de vacinas e remédios, violência obstetrícia, contaminação de alimentos e água, ausência de acompanhamento médico e educação materna são fatos ratificadores da lacuna existente no Brasil, tanto no setor hospitalar quanto de infraestrutura urbana, e que influenciam no alto número de crianças falecidas antes de um ano de idade.      Ainda nesse contexto, a falta de conhecimento e informação é um aspecto que prejudica mulheres independente das condições financeiras, principalmente, no que se diz respeito à violência obstetrícia. Ou seja, muitas mães desconhecem o assunto e por isso naturalizam comportamentos agressivos e, muitas vezes, desumanos feitos durante consultas ou no parto que afetam seu desenvolvimento e podem trazer malefícios para o bebê e para si. Analogamente a isso, segundo a Fundação Perseu Abramo esse evento atinge uma em cada quatro mulheres brasileiras. Ademais, a falta de ciência sobre a eficácia das vacinas levam muitos pais a acreditarem em matérias falsas, frequentemente divulgadas na internet, que são contra a vacinação ao alegar apenas lucratividade para a industria de medicamentos ou a contaminação da doença que se quer combater.        Diante disso, não obstante à evolução tecnológica e médica o Brasil ainda não melhorou nesse sentido e como afirma o filósofo chinês Confúcio: "Não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros". Assim, é necessário que o estado invista financeiramente no setores de saúde e infraestrutura, não só no sentido de fornecimento de material mas também capacitação de profissionais de saúde para atender e informar com maior eficiência, para que então as mulheres possam dispor de uma gravidez saudável e sem violência de modo a garantir o bom desenvolvimento do bebê.