Enviada em: 08/05/2019

De acordo com o sociólogo Émilie Durkheim, a sociedade pode ser comparada a um "corpo biológico" por ser, assim como esse, composta por partes que interagem entre si. Desse modo, para que esse organismo seja igualitário e coeso, é necessário que todos os direitos dos cidadãos sejam garantidos. Contudo, no Brasil isso não ocorre, pois em pleno século XXI nota-se ainda um elevado aumento na taxa de mortalidade infantil. Esse aumento persiste intrinsecamente na sociedade brasileira, como subproduto da crise econômica enfrentada pelo país e da insuficiência dos serviços públicos prestados pelo governo.        Em uma primeira análise, sob a ótica sociológica, a mortalidade infantil possui estreita relação com a crise econômica enfrentada pelo país, a qual fomenta a falta de estrutura do Governo para prestar serviços básicos de qualidade à população. De acordo com dados expostos pelo Ministério da Saúde referentes ao ano de 2016, a cada mil crianças nascidas, quatorze morriam, um aumento de 5% na taxa de mortalidade infantil. Como o Governo não possui verba o suficiente para conceder a população serviços básicos de saúde, como saneamento básico, vacinação, atendimento eficientes em hospitais públicos bem estruturados, entre outros, o crescimento do índice de mortalidade infantil no país aumenta cada vez mais.      Indubitavelmente, a ineficiência de serviços públicos prestados pelo Governo fomenta o aumento da taxa de mortalidade infantil. Essa realidade confirma-se, pelo fato de como o governo não consegue atender as necessidades da população quanto a saúde devido a crise econômica, logo ocorre um grande aumento da taxa de mortalidade infantil pois, a maior parte das mortes infantis segundo a declaração do Ministério da Saúde ocorrem por causas evitáveis, como por exemplo: diarreia, pneumonia, desidratação, entre outros, que acabam não sendo evitadas pela falta de saneamento básico, vacinação e falta de estrutura dos hospitais. Dessa maneira a sociedade brasileira aprofunda-se em um intenso cenário de mortalidade infantil, o que aponta para imprescindibilidade de superação dessa grave conjuntura social.    A fim de combater o grave cenário do aumento da taxa de mortalidade infantil no Brasil, e construir, nas mínimas expressões, uma sociedade pautada em obter seus direitos quanto a saúde garantidos, o Poder Executivo, em conjunto aos Governos Estaduais e Municipais deve promover uma melhor gestão das verbas do país priorizando a saúde e prestar com melhor qualidade os serviços públicos básicos à população. Dessa forma, será construída uma sociedade em que seus direitos serão uma realidade de fato para todos.