Enviada em: 13/05/2019

Como Vencer a Mortalidade Infantil no Brasil       A mortalidade infantil (MI) é um problema grave com origens em precárias condições sanitárias. Condições que, na década de 90, causaram a epidemia de cólera que assolou o nordeste brasileiro e, no século XIV, ajudaram a proliferar a peste negra na Europa. O mapa mundial da MI mostra que esta é recorrente em regiões onde o estado se omite e não garante um direito universal, que é o acesso à saúde. Assim, para mitigar a MI, é preciso que governo estabeleça políticas públicas preventivas que garantam assistência à gestante e ao recêm nascido, bem como saneamento básico.       Em primeiro lugar, é fundamental entender as causas da MI ao redor do mundo. Dados do Banco Mundial divulgados em 2015 mostram que os maiores índices de MI pertenceam à África, Oriente Médio e à Índia. Essas regiões, segundo a ONU, então entre os quarenta piores índices de desenvolvimento humano e têm, em comum, governos ausentes que não garantem direitos universais como segurança, educação e saúde, e a falta de investimentos nesta última e maior causa das elevadas taxas de MI.       Por outro lado, medidas simples podem mitigar a MI. No Brasil, por exemplo, investimentos massivos em saneamento básico reduziram de 26 para 12,5 a taxa de MI. Mais ainda, para cada real investido em saneamento, outros quatro foram poupados em gastos com saúde e remanejados a outras áreas vitais. Em Cuba, a Organização Mundial da Saúde mostrou que, em apenas quatro décadas, a taxa de MI foi reduzida de 38 para 4. O interessante é esse número foi alcançado apenas com uma política preventiva que garantiu à gestante o acompanhamento pós parto que evitou e possibilitou tratar diversas doenças.       Está claro que, através de duas frentes, mesmo com poucos recursos, o governo brasileiro pode erradicar definitivamente a MI. Em um primeiro momento, o estado precisa investir em saneamento básico e implantar estações de tratamento de água e esgoto, o que evita a proliferação de doenças como dengue, cólera, desinteria e desnutrição. Em concomitância a essa política sanitária, a exemplo de países pobres como Cuba, o estado deve implantar uma medicina preventiva, na qual o médico do governo passe a visitar periodicamente comunidades carentes e leve assistência à gestante, bem como acompanhamento ao recém nascido. Isto permitirá prevenir maiores causas  da MI, que são a desnutrição infantil e a desinteria.