Enviada em: 30/06/2019

Na primeira metade do século XX, o Brasil possuía o índice de mortalidade infantil muito elevado - ultrapassando os 10% para cada mil habitantes - Todavia, ao decorrer das décadas, houve uma crescente diminuição nesse índice. Atualmente, os números de mortalidade infantil são bem menores que os vistos no inicio do século XX. Porém, nos últimos anos o índice teve um aumento sensível e preocupante de acordo com o IBGE, o que evidencia problemas governamentais que afetam principalmente a população mais pobre.   Inicialmente, é pertinente observar que a mortalidade infantil está diretamente relacionada ao desenvolvimento de um país. Os países mais desenvolvidos possuem essa taxa baixíssima, enquanto os países subdesenvolvidos apresentam o inverso. Por sua vez, o Brasil diminuiu gradativamente ao decorrer das décadas a mortalidade infantil. Porém, o índice continua elevado se comparado aos países mais ricos. Com efeito, uma alta taxa de mortalidade dificulta ainda mais o desenvolvimento de uma nação. No caso do Brasil - um país que está em meio a um processo de transição demográfica - o aumento do índice não significa apenas um problema que afete a curto prazo, mas também no longo prazo. Uma vez que a diminuição do número de jovens significa uma menor reposição populacional, afetando diretamente o país - um dos exemplos é da previdência social, que necessita da presença de jovens para sua composição.    Ademais, a urbanização da população brasileira apresenta uma condição contrastante: Se por um lado a crescente urbanização diminuí as taxas de mortalidade se comparadas ao campo - como resultado, por exemplo, da aproximação da população com meios hospitalares - por outro lado, o descaso governamental com a população mais pobre acarreta em um aumento do índice. A população mais pobre sofre com a falta de planejamento por parte do governo. Excluída em favelas ou no subúrbio, essa parcela da população sofre com a falta de saneamento básico, tratamento de água e hospitais de qualidade. Fato esse que decorre diretamente da falta de planejamento por parte do governo e que aumenta o índice de mortalidade entre os recém nascidos.     Em suma, é evidente a necessidade de manter a mortalidade infantil baixa pela sua relação direta com o desenvolvimento do país. No entanto o aumento da taxa no Brasil releva problemas estruturais. Dessa forma, cabe ao governo federal em conjunto com os governos municipais resolver, principalmente, os problemas nas cidades. O governo deve aumentar os investimentos na área de saneamento básico e distribuição de água, enquanto o município precisará reforçar o sistema médico na periferia. Dessa maneira é possível diminuir a desigualdade social e diminuir o aumento do índice.