Enviada em: 15/05/2018

De acordo com a Sociedade Brasileira de Clínica Médica, algo a que deve ser dada muita atenção é o aumento da prática de automedicação, por prejudicar nossa saúde. Por mais que seja prejudicial, ainda há muitas adversidades na redução de tal hábito em nosso país. Sendo assim, cabe a nós mesmos e ao poder público coibir esse costume para que futuros problemas sejam evitados.         Primeiramente, a automedicação consiste na ingestão de medicamentos por conta própria, ou seja, sem nenhuma prescrição ou recomendação médica, e se tornou uma prática recorrente em todo o país. Segundo o Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ITCQ), cerca de 76,4% dos brasileiros possuem esse hábito, sendo o Brasil um recordista mundial em automedicação. Vários fatores que contribuem para o aumento dessa prática podem explicar esse recorde, dos quais pode-se destacar o fácil acesso a medicamentos, consequência da ausência de fiscalização nas farmácias, e também a falta de informações básicas sobre os males causados para o povo.         Dadas as causas, muitas famílias adquirem estoques de medicações em casa e ao se sentirem mal, optam pela ação de se automedicar. O filme “Batimentos”, criado para o Conselho Federal de Farmácia (CFF), traz um alerta sobre as consequências geradas por esse costume, das quais pode-se citar a intoxicação, da qual os medicamentos são os principais causadores, de acordo com o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), sem contar que dificulta o diagnóstico de doenças. Além disso, podem ser desenvolvidos vícios e bactérias resistentes, as quais fazem com que problemas que, dependendo do caso, seriam simples, sejam agravados.         Dado o contexto, e sabendo a gravidade do problema, é necessário que haja a realização de ações a fim de solucionar tal hábito. Informações básicas a respeito dessa prática devem ser enfatizadas pela mídia, ao divulgá-las em jornais, novelas, entre outros, para que mais pessoas tenham acesso. Ao mesmo tempo, o Ministério da Saúde, junto à ANVISA, deve implementar uma fiscalização mais rigorosa, exigindo uma prescrição de especialistas, para diminuir o fácil acesso a remédios. Dessa forma, preservamos a saúde e o bem-estar de nossa nação.