Enviada em: 21/06/2018

A automedicação está enraizada na cultura brasileira, pois, desde a época da colonização os boticários já prescreviam receitas sem ter base científica para população. Quase três séculos depois, tal prática ainda é comum, uma vez que muitos brasileiros se dirigem diretamente às farmácias para solucionar problemas de saúde. Diante disso, deve-se analisar como a facilidade em obtenção de medicamentos e a influência da mídia dificultam o processo de erradicação dessa cultura na sociedade.        A venda indiscriminada por parte das farmácias faz com quem se aumente o consumo por conta própria. Segundo pesquisas veiculadas no site Estadão, 42% das drogarias vendem medicação livremente. Isso ocorre porque embora seja proibido a comercialização de medicamento, se objetiva somente o lucro e vendem qualquer medicamento sem receita médica. Como consequência aumenta o número de pessoas se automedicando, onde pode causar intoxicação que é responsável por 29% dos casos de óbito no país.        Além disso, nota-se ainda, que a mídia contribui para a permanência da problemática. Isso acontece porque as diversas propagandas induzem a tal ato, pois promove solução milagrosas, levando ao consumo por conta própria, sem receita médica. Como consequência ao uso indiscriminado de medicação, surgem as superbactérias que vão ficando cada vez mais resistentes.         Torna-se evidente, portanto, que a questão da automedicação precisa ser revisada. Em razão disso, o Governo deve criar leis com punições mais severas, de modo a penalizar as drogarias que vendem medicações de forma inadequada, aplicando punições mais rígidas ao não cumprimento da lei. Além disso, a Mídia deve promover campanhas realizadas por agentes da saúde com intuito de promover a conscientização e a divulgação dos riscos da automedicação. Desse modo erradicalizando o uso indevido de medicações.