Enviada em: 17/07/2018

No mundo todo, pessoas fazem uso de medicações sem prescrição por profissionais da saúde. Essa prática traduz o conhecimento popular acerca de várias patologias, entretanto, esse legado poucas vezes possui fundamentação científica. Devido a isso, essas drogas podem apresentar resultados prejudiciais à saúde, destarte, é necessário que o tema seja esclarecido, sobretudo, quanto as suas consequências.     Sendo assim, é sabido que o efeito de cada remédio varia de acordo com suas interações biológicas e a individualidade de cada um. Dessa forma, é interessante citar a famosa frase ''Este medicamento é contraindicado em caso de suspeita de dengue'', a razão dela é a interação da substância Ácido acetilsalicílico com o vírus, que prejudicam intensamente a coagulação sanguínea. Todavia, quando se trata da automedicação, esse detalhe é despercebido, resultando na maior causa de morte por dengue, as hemorragias.     Contiguamente, a automedicação consciente possui algumas benesses para os sistemas de saúde, haja vista que reduzem os dispêndios e evitam a superlotação. Contudo, a prática distancia a população dos hospitais e clínicas, que julgam serviços caros e dispensáveis. Esse efeito é o contrário recomendado pelos países com avançada medicina, como o japão, esses que ressaltam a importância das consultas periódicas e preventivas.     Por tudo isso, cabe aos profissionais da saúde propagar a questão de que cada corpo é diferente, e portanto, o remédio que funcionou para um, pode não funcionar para outro, incentivando, por meio das consultas e propagandas, a procura de um profissional sempre que um sintoma não rotineiro aparecer, com o fito de não negligenciar doenças mais severas. Ademais, é dever do Estado facultar um melhor sistema público de saúde preventiva, através do investimento em PSF's (Postos de Saúde da Família),com o objetivo de maior interação da saúde pública com o cotidiano familiar, incentivando-os a se consultarem periodicamente.