Enviada em: 04/08/2018

A automedicação, muitas vezes vista como uma solução para o alívio imediato de alguns sintomas, pode trazer consequências mais graves do que se imagina. Nos últimos anos, o debate acerca dessa temática se intensificou, visto que o uso de medicamento sem prescrição médica pode levar até mesmo ao óbito. Dessa forma, cabe ao poder público levar a população informações que alertem sobre o risco da automedicação.    Em primeira análise, o uso de medicamentos sem prescrição médica pode causar diversos problemas, sendo um deles a intoxicação. De acordo com a Anvisa, os medicamentos que mais causam intoxicação são os analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios. Além disso, a falta de conhecimento a respeito de um medicamento pode também levar ao uso de substâncias que causam alergia, sendo que algumas reações alérgicas podem ser tão graves que desencadeam até mesmo a morte.     Em segunda análise, a dependência por medicamentos pode propiciar o surgimento de super bactérias e consequentemente doenças praticamente incuráveis com o uso de certos antibióticos. Isso acontece devido ao processo biológico conhecido como seleção de bactérias que, por sua vez, seleciona aquelas mais resistentes, fazendo com que o medicamento perca o efeito sobre aquele grupo. Diante disso, a OMS (Organização Mundial da Saúde) tenta controlar por meio de leis a venda sem prescrição médica de medicamentos, temendo que no futuro possa surgir super doenças.     Como visto, a automedicação é um problema a nível global e seu controle deve ser feito visando o bem-estar da população. Portanto, o poder público, em caráter imediato, deve realizar campanhas de conscientização, por meio de fóruns regionais, a fim de alertar a população acerca dos problemas que a automedicação ocasiona.