Enviada em: 16/08/2018

No período medieval as mulheres intituladas “bruxas” realizaram grandes avanços na cura de doenças por meio plantas medicinais, entretanto, muitos desses testes não eram efetivos ou adequados e levavam a morte. No contexto vigente, mesmo com tecnologia e profissionais, a automedicação representa um risco para saúde pública quando feita irresponsavelmente, porém, realizada conscientemente com remédios paliativos pode resolver o impasse e colaborar no descongestionamento de hospitais. Esta divergência necessita um debate social.        É primordial ressaltar que, dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram um percentual superior a 10% das internações hospitalares ocasionadas por mau uso de medicamentos. Tal comportamento é fruto de desconhecimento e bombardeios de publicidade hodierna que fazem os indivíduos optarem por usar qualquer medicamento persuasivo. Dessa forma, além de prejudicar a saúde de uma pessoa, pode criar resistência a bactérias e vírus no processo de seleção natural e evolução. Isso agrava o quadro de epidemias e coloca em risco toda a sociedade.        É preciso, porém, reconhecer que para solucionar certas adversidades amenas e ocasionais a automedicação é indicada. Há uma recomendação da OMS de que esse ato em circunstancias responsáveis é benéfico para o sistema de saúde, haja vista que oferece o tempo necessário para que o problema se resolva sozinho. Desse modo, pode-se afirmar que o indivíduo instruído pode solucionar o seu problema e também colaborar para o sistema de saúde.        Infere-se, portanto, que há uma necessidade de orientar melhor a população sobre o uso consciente a respeito do tema. Caberá a mídia em parceria com a OMS produzir uma campanha mundial enfatizando sobre os perigos da medicação feita sem conhecimento médico e incentivar a busca de um profissional para a prescrição correta, levantando esse debate por meio de profissionais da saúde, como médicos e farmacêuticos, e também pela propaganda e programas, visando atingir o maior número de pessoas possíveis. Assim, abriremos espaço para este assunto pouco discutido no século XXl.