Enviada em: 04/10/2018

Devido ao desenvolvimento fundamental em ciências biológicas, entre os anos de 1950 e 1960, ocorreu a chamada "explosão farmacológica", na qual possibilitou melhor compreensão dos mecanismos moleculares e celulares relacionados com a saúde e a doença. A grande oferta de medicamentos facilita e contribui ao uso de fármacos sem prescrição médica. Por certo, observa-se que por conta da precariedade e dificuldade no sistema de saúde brasileiro, é acarretado a problemática de automedicação entre a população.  Em primeiro lugar, compreende-se a ineficiência dos serviços prestado no sistema de saúde pública e seus efeitos. Dessa maneira, percebe-se as entraves para conseguir marcar consultas, por conta disso, o indivíduo prefere comprar remédios e utilizá-los. Em vista disso, a indústria farmacêutica se beneficia através da população e propaga mais divulgações de fármacos no qual podem ser consumidos. Com isso, é notório o quanto as ideias do sociólogo Zygmunt Bauman se inserem no desejo das indústrias, pois para ele a globalização fez com que as pessoas se tornassem individualistas e em constante busca por interesses particulares. Portanto, é relevante ações de medidas a fim de diminuir essa prática.  Outrossim, outro fator relevante é a questão dos riscos que o consumo indiscriminado de medicamentos pode conduzir a saúde. Desse modo, é sabido o quanto as implicações disso pode ser: o aumento à resistência de microrganismos, a dependência de fármacos e ainda pode contribuir para dificultar o diagnóstico de doenças. Assim, verifica-se como, de acordo com a pesquisa da Associação Brasileira de Indústrias Farmacêuticas (Abifarma) a ingestão de remédios por conta própria causou a morte em cerca de 20 mil pessoas por ano no país. Por isso, é imprescindível combater os hábitos da automedicação na sociedade. Destarte, sabe-se o quanto os empecilhos da saúde brasileira contribui para o uso de medicamentos sem prescrição médica. Decerto, o Ministério da Saúde deve investir em mais unidades de atendimento rápido e melhorar as condições dos hospitais existentes, para oferecer bom atendimento a população e evitar problemas mais graves em relação à automedicação. Além disso, a Anvisa também pode melhorar suas práticas de fiscalização nas farmácias e punir severamente as ações de conduta irregular, com o intuito de preservar o bem-estar dos indivíduos e obter o menor número de complicações no futuro.