Enviada em: 28/10/2018

"No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho". Através desse trecho do poeta modernista Carlos Drummond de Andrade, percebe-se que a sociedade ao longo do seu desenvolvimento encontra obstáculos em sua caminhada. No que se refere a automedicação no Brasil, isso se evidencia não apenas pela negligência do Estado, mas também pela lenta mudança mental das pessoas.    Sob esse viés, a princípio, a ausência de informações é um fator determinante para não existir um debate sobre a automedicação. De acordo com a Constituição Federal Brasileira promulgada em 1988, garante que todo cidadão tem direito à saúde. No entanto, isso não ocorre, devido à negligência de órgãos governamentais que não repassam informações sobre os riscos de ingerir medicamentos sem a recomendação dos médicos de forma eficaz para todo o tecido social vigente, com isso, a automedicação torna-se algo cada vez mais grave.     Além disso, outra dificuldade encontrada nesse contexto é a consciência errônea das pessoas. Segundo filósofo William James, os indivíduos podem alterar suas vidas, mudando sua atitude mental. Nesse âmbito, a automedicação apresenta-se sendo algo comum. Por conseguinte, é lamentável que isso persista, por causa da falta de criticidade da sociedade sobre tal situação que pode gerar até morte.     Infere-se, portanto, que a problemática se mostra uma grande pedra a ser removida do caminho. Nessa perspectiva, o Governo Federal deve investir, por meio de campanhas, palestras e debates com profissionais da área, a fim de informar a população sobre os riscos da automedicação. Ademais, a sociedade, por sua vez, previamente orientada por essas campanhas públicas devem construir valores éticos, desse modo,  evitar a automedicação com fito de beneficiar a saúde. Espera-se, com isso, atenuar esse impasse e, ao mesmo tempo promover uma consciência coletiva saudável.