Enviada em: 16/05/2019

É indiscutível que a indústria farmacêutica se desenvolve a cada dia, se tornando um dos ramos mais ricos e avançados do século XXI. Entretanto, a automedicação se tornou uma problemática  para todo o progresso da área boticária, fazendo com que anualmente cerca de 20 mil mortes ocorressem pelo descontrole da automedicação. Nesse sentido, destacam-se como as principais causas desse óbice, a falta de fiscalização do Ministério da Saúde. e muitas vezes a irresponsabilidade das redes farmacêuticas, que insistem em vender  remédios sem a prescrição médica necessária.    Em principio, o foto é que a falta de fiscalização do Ministério da Saúde se torna um impasse para a resolução dessa problemática. Prova disso, são as inúmeras propagandas de remédios que influenciam a população a compra sem ter a prescrição médica em mãos, tal situação é vista pelo Estado como benéfica, já que a automedicação é visualizada como econômica e beneficente para a redução dos custos na área da saúde, fazendo com que, muitas vezes, o próprio Estado não tenha uma fiscalização rígida. Consequentemente, a situação imposta compromete o cidadão brasileiro que corre o risco, diariamente, da automedicação , já que essa prática se tornou corriqueira e inviabilizada pelo próprio Ministério da Saúde.      Cabe, ainda, pontuar que as redes farmacêuticas espalhadas pelo Brasil possuem um grande monopólio no mercado, e muitas vezes vendem seus medicamentos sem a prescrição médica. A confirmação dessa evidência foi no ano de 2013, onde o medicamento Ritalina, usado no tratamento de TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) foi suspenso do mercado pelo número de vendas, em farmácias, sem a prescrição necessária, sendo um medicamento de taxa preta, e usado sem laudo médico, muitas vezes por alunos que desejam melhorar seu rendimento. Por conseguinte , tal situação, prejudicou aos verdadeiros portadores do déficit, que tiveram que suspender seus tratamentos com o remédio, ou troca-lo , pela irresponsabilidade farmacêutica e populacional .     Portanto , tanto a falta de fiscalização do Ministério da Saúde, quanto a irresponsabilidade das redes farmacêuticas são as principais causas para a automedicação. Nesse caso, necessita-se da mobilização do Estado juntamente com a Anvisa, para a criação de projetos dentro das escolas e ambientes trabalhistas populacionais, para a conscientização dos perigos da automedicação no dia a dia. Necessita-se também da criação, pelo Ministério da Saúde, de multas e suspensões de vendas para as redes farmacêuticas que insistem em oferecer seus remédios sem a prescrição médica. Sendo assim, espera-se que a automedicação não insista em ser um hábito na vida dos brasileiros.