Enviada em: 13/06/2019

Na psicologia das cores, cada cor induz um tipo de comportamento ou sensação. Analogamente, muitas redes de restaurantes e supermercados utilizam esse método para incentivar o consumo de seus produtos. Nessa mesma perspectiva, as farmácias estão aderindo esse tipo de publicidade, fazendo com que remédios sejam vistos como produtos de livre obtenção. Por esse motivo, o índice de pessoas que ingerem medicamentos sem prescrição médica aumentou no Brasil, associado tanto a tratamentos de dores e incômodos no corpo quanto à indústria da alta performance, transformando-se, assim, em um problema de saúde pública.        Outrossim, de acordo com o Conselho Federal de Farmácia, mais de 77% dos brasileiros tem, a automedicação, como hábito. Concomitantemente, ao surgir qualquer sintoma, seja ele conhecido ou não, recorrem à internet, popularmente chamada de "Dr. Google" para a prescrição. A população, em grande parte, confia mais nesse método do que em um médico certificado, isso deve-se, em parte, a pouca disponibilidade e a demora no atendimento público. Entretanto, ao agirem dessa forma, as pessoas ficam mais susceptíveis à doenças mascaradas por esses remédios, a saber, os antitérmicos que podem esconder uma infecção. Assim, a presença desses medicamentos, de forma indiscriminada em prateleiras, induzem o consumo irresponsável, pois como o acesso é garantido e não há uma consciência coletiva, fica muito mais fácil ignorar as reações adversas e se autoprescrever.       Por outro lado, o documentário americano da Netflix, "Take Your Pills", aborda a indústria do desempenho sobre-humano derivada do capitalismo. Nela, crianças, jovens e adultos fazem uso de medicação ilegal, ou legalizada para alguns casos, que estimulam a concentração e alto performance seja nas escolas, universidades ou empresas. Ao abordar os efeitos negativos, fica claro, que a falta de entendimento sobre o motivo da ilegalidade - vícios, taquicardia, problemas cardíacos, etc - torna esse comportamento rotineiro e perigoso. Paralelamente, no Brasil, universitários, principalmente, da área de saúde, fazem constantes autoprescrições, tanto para dores quanto para melhorar desempenhos acadêmicos, fomentando assim um uso indiscriminado de medicamentos em toda esfera social.       Portanto, é imprescindível, a atuação do Governo Federal, com a ajuda do Ministério da Saúde, na promoção de ações comunitárias que visem a consciência coletiva, por meio de palestras educativas sobre o uso indiscriminado dos medicamentos e seus malefícios, além de explicar os efeitos inibidores que um medicamento pode ter sobre o outro. Além de melhorar a oferta de atendimentos no SUS, é necessário, também, atos educativos em universidades, oferecendo apoio e incentivo aos estudantes na preservação da saúde mental, visando a construção de uma sociedade conscienciosa e saudável.       Portanto, é imprescindível, a atuação do Gov                osa.