Enviada em: 27/07/2019

Nas últimas duas décadas, a questão da automedicação no Brasil tem sido alvo de debates constantes. Em um período de pleno desenvolvimento da indústria farmacêutica, a ingestão de medicamentos sem a devida prescrição médica torna-se perigosa. Dentre outros fatores que estimulam esse consumo, destacam-se a deficiência no sistema de saúde pública e, claramente, a mídia exacerbada.    Nos últimos anos, mais de vinte bilhões de reais foram destinados ao desenvolvimento da indústria farmacêutica. Tal investimento pode ser notado ao atentar-se à quantidade de farmácias e à variedade de medicamentos dispostos nas prateleiras das inúmeras drogarias existentes. Entretanto, apesar de toda essa variedade, os serviços prestados pelo sistema de saúde pública são insuficientes para atender a demanda populacional atual. Diante dessa realidade, uma simples ida ao médico torna-se difícil ou ainda inviável devido à dificuldade em se conseguir vaga para uma simples consulta ou exame. A solução encontrada seria recorrer a instituições privadas ou a automedicação. Infelizmente, já se sabe o que acontece.   Segundo pesquisas datadas de 2014,cerca de 27710 pessoas foram internadas, vítimas de intoxicação. A motivação maior disso é a mídia. Seja em revistas, televisão,outdoors ou internet, as frases imperativas estão lá: "Emagreça!";"Compre agora mesmo!";"Adquira já o seu!". O resultado são pessoas induzidas ao consumo e consequentemente desenvolvedoras de problemas graves. Ou seja, a ação da mídia, de forma análoga à lei newtoniana de ação e reação, o ato de ingerir algo sem prescrição, pode resultar em algo desastroso(reação).     Infere-se portanto, que deve haver uma intervenção a fim de combater a automedicação no Brasil. Para isso, o Ministério da Saúde aliado ào Governo Federal deve agir a fim de solucionar o problema do déficit dos serviços por eles prestados à população. Além disso, deve haver uma regulamentação quanto à venda de medicamentos sem prescrição médica por intermédio da ANVISA sobre os farmacêuticos, visando evitar a fácil aquisição daqueles e, desse modo, possíveis desastres.