Enviada em: 23/08/2019

Ignorância. Urgência. Irresponsabilidade. Esses são termos que, na ordem exposta, caracterizam a índole de muitas pessoas na contemporaneidade, uma vez que há a persistência em atos nocivos à saúde humana. Nesse sentido, a automedicação qualifica-se dentro dessa problemática, a qual é tida, de modo ilusório, como uma prática inofensiva. Contudo, apesar dos seus riscos, tal atitude, mediante  à falta de informação, tornou-se um aspecto cultural no Brasil. Lamentavelmente, a mesma acarreta em efeitos prejudiciais não somente ao indivíduo, mas também à sociedade vigente. Sendo assim, é crucial a supressão dessa conduta insalubre, por finalidade de preservar a plena saúde da comunidade.         É relevante abordar, em primeiro plano, que a ingestão de fármacos sem a orientação médica é habitual no país. Não obstante, mesmo com o avanço da medicina ao longo da Primeira Guerra Mundial, o desenvolvimento da indústria farmacêutica não confere, hoje, em resultados estritamente satisfatórios, tal que isso advém, em especial, da automedicação. Nessa perspectiva, é evidente que o precário acesso às vias de conhecimento, bem como a escassez de fiscalização às drogarias, colaboram na permanência da referida ação irresponsável. Além disso, a burocracia encontrada no serviço público de saúde, atrelada à inexecução de consulta médica no prazo cabível, promove, ainda, a desesperança e a aparente necessidade do próprio sujeito remediar a situação. Infelizmente, é irrefutável que a temática demonstrada faz parte do cotidiano de muitos brasileiros.         Em detrimento dessa questão, as consequências são, por vezes, irreparáveis e preocupantes. Nesse contexto, de acordo com Charles Darwin, biólogo inglês, a seleção natural consiste na sobrevivência de seres vivos mais aptos para uma determinada circunstância. Depreende-se, então, que o aumento de superbactérias é baseada na ignorância da população, dado que a mesma seleciona, por intermédio do mal uso de antibióticos, bactérias mais resistentes. Dessa forma, o coletivo pode ser afetado em decorrência da irresponsabilidade individual. Outrossim, a ingestão de medicamentos sem o acompanhamento médico é, inegavelmente, um ato que pode causar a intoxicação, o atraso no diagnóstico de enfermidades e a dependência química. Em contrapartida, é pertinente o seu combate em prol do bem-estar da sociedade.         Dessa maneira, fica claro que a automedicação configura-se danosa em diversos fatores. Logo, é imprescindível que o Ministério da Saúde, em conjunto com a Anvisa, articule campanhas publicitárias concernentes aos malefícios dessa ação, de modo que seja através da mídia televisiva e da internet, a fim de garantir o acesso à informação e, sobretudo, suscitar a conscientização pessoal e a mudança do comportamento que fere à saúde pública. Portanto, há a ruptura desse aspecto cultural no Brasil.