Enviada em: 26/06/2017

Não podemos negar que os medicamentos são um grande avanço para a humanidade, esse fato fica evidente com a descoberta da penicilina por Alexander Flaming - acontecimento que salvou milhares de vidas e revolucionou a medicina. Entretanto automedicar-se é uma decisão arriscada, essa escolha fragiliza o vínculo entre médico e paciente, além de criar uma falsa fantasia de cura imediata - distanciando a população da medicina preventiva.      É preciso considerar que utilizar desde pomadas até cápsulas sem o acompanhamento de profissionais habilitados é perigoso. Segundo dados divulgados recentemente pelo Ministério da Saúde o número de pessoas vítimas do uso indiscriminado de medicamentos cresceu consideravelmente nos últimos anos. Essa parcela da população enfrentou consequências que vão de reações alérgicas, intoxicações, erupções cutâneas até o coma.      Entrelaçado a isso temos uma sociedade que cada vez mais busca nos fármacos a cura rápida para seus males. A cultura do curativismo é facilmente observada nas propagandas televisivas que despertam no telespectador a ilusão de que um comprimido é a ponte para se alcançar o bem-estar físico e mental - invisibilizando a prevenção.  Não há medicamento sem efeito colateral, portanto, são necessárias medidas que visem conscientizar e orientar a população sobre os perigos da automedicação. Nesse sentido, cabe ao Governo Municipal, por meio das Unidades de Saúde da Família, a realização de palestras e campanhas. Também é preciso que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) fiscalize com maior rigidez as propagandas que induzem o consumo de medicamentos sem que um médico seja previamente consultado. Dessa forma subir-se-á um degrau rumo a uma melhor qualidade de vida para os brasileiros.