Enviada em: 02/07/2017

Com a descoberta da penicilina, por Alexander Fleming, no século XX, mudou-se a forma como as doenças são encaradas pela sociedade. Sendo assim, os remédios surgiram para curar enfermidades e trazer tranquilidade. Entretanto, a automedicação vem crescendo no Brasil, levando riscos como reações alérgicas e dependência, o que configura um grave problema social, em virtude do imediatismo e da facilidade na obtenção de drogas lícitas.       É inquestionável que o uso indiscriminado de medicamentos, sem o auxílio profissional adequado, gera riscos ao indivíduo. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o consumo de narcóticos está no topo da lista de mortes por intoxicação, no Brasil. Esta realidade nos mostra o quão grave é a questão. Em uma sociedade imediatista, em que a correção prevalece sobre a prevenção, percebe-se pessoas cada vez mais doentes, com mais remédios e menos hábitos saudáveis, como por exemplo o exercício físico e a alimentação.   Igualmente, destaca-se a facilidade na obtenção de uma variedade de remédios, Nas grandes cidades, por exemplo, aumenta-se ano após ano o número de drogarias. Dessa forma, é evidente que a indústria farmacêutica tem um lucro bilionário, em detrimento à saúde coletiva. Ainda que o uso de antibióticos necessite de prescrição médica, a maioria dos analgésicos, antitérmicos e antiinflamatórios são vendidos indiscriminadamente. Falta-se, por consequência, um maior controle do Estado, visto que essas empresas visam o lucro.       Entende-se, portanto, que mudanças são imprescindíveis, para que a sociedade seja mais saudável. Sendo assim, mudanças nos hábitos individuais são geradas por mudanças coletivas. O Ministério do Esporte deve facilitar o acesso do cidadão ao exercício físico, por meio de academias e praças gratuitas, para a prevenção de diversas patologias. Dessa forma, o papel do Ministério da Saúde também é fundamental, com a expansão de nutricionistas no Sistema Único de Saúde, por meio de consultas familiares e palestras coletivas. Só assim será possível diminuir a influência da indústria farmacêutica, com pessoas saudáveis e o maior direcionamento do Estado com políticas públicas.