Enviada em: 01/09/2017

Nota-se que o uso de medicamento sem prescrição medica é considerada uma mazela na contemporaneidade. Isso se deve, a um sistema capitalista que juntamente com o poder midiático contribui com a promoção desse hábito para obter lucro. Atrelado a isso, há também a falta de conscientização da população brasileira sobre os malefícios da automedicação. Essa por sua vez, é fruto de uma inoperância governamental que naturaliza essas práticas e mercantiliza a saúde no País.     A automedicação é praticada por 76,4% dos brasileiros, segundo o levantamento feito do Instituto de Ciência trabalho e Qualidade (ICTQ). Entre os que adotam essa conduta, 32% afirmam aumentar a dose com o objetivo de “potencializar os efeitos”. Esse hábito indiscriminado tem sido motivo de preocupação para o setor da saúde brasileira, Já que o uso irracional dessas substâncias provocam resistências bacterianas. No entanto, mesmo ciente da falta de conscientização da população, percebe-se que o governo banaliza medidas que buscam minimizar a ausência de formação da sociedade, pois esse desconhecimento favorece o mercado farmacêutico e consequentemente traz lucratividade ao setor econômico do País. A permanecia dessa realidade, contribui para que casos como São Paulo e Paraná onde ocorreu infecção da superbactéria KPC em 2011, conforme o Jornal folha de S. Paulo, se torne, cada vez mais, presentes no cotidiano.   Além da inadimplência do Estado com a falta de conhecimento sobre a automedicação, outro fator que corrobora para a persistência desse problema é a mídia brasileira, isso porque ela coligada ao capitalismo fomenta a mercantilização da saúde através da publicidade. A constatação disso, é que ao final das propagandas medicamentosas, a frase “se persistir os sintomas, o médico deverá ser consultado” insinua que em última instância o profissional de saúde deverá ser informado. Essa pratica camufla possíveis doenças graves que poderiam ser tratadas antecipadamente. Esse uso exacerbado de medicamento, lamentavelmente, agredir a saúde. A prova disso, são os relaxantes musculares, analgésicos, que em excesso comprometem as fibras, funções musculares e até o coração e o intestino.   Portanto, para que a problemática da automedicação seja efetivada, é necessária que nas instituições de ensino, promova palestras contra a automedicação, com o intuito de conscientizar a população. É preciso também, propagandas que vise explicar os malefícios do uso de medicamentos indiscriminados, no âmbito midiático. Enquetes online sobre a automedicação para que a população participe de forma direta, com o intuito de estabelecer o debate. Só assim, a automedicação será combatida.