Enviada em: 27/04/2018

Tem sido discussão sobre os meios de combate ao crack  o internamento voluntária ou compulsório do dependente, baseados na preservação do indivíduo ou os danos causados de modo geral. Essa "tecla" vem sido batida porque o número de usuários no Brasil tem crescido de modo a colocar o país como segundo maior consumidor de cocaína e derivados - o crack é um deles - do mundo, perdendo apenas para o EUA, segundo o Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad). O problema é sistemático, uma estrada de dois rumos, o lado dos usuários e o lado do tráfico de drogas. Mas qual lado será a solução?       Contextualizando, o Brasil faz fronteira com a Bolívia, maior fornecedora de crack. Esse comércio tem ocorrido de maneira fluida e facilitada e pela diferença no valor da moeda, a droga chega no Brasil com um valor consideravelmente baixo, tornando seu acesso ainda mais corrente. A fiscalização sobre o tráfico de drogas ainda é deficitário.       Ademais essa droga tem grande procura de consumo, causa justificada uma pelo valor e outra pelo seu rápido efeito, tendo assim o indivíduo a necessidade constante de seu uso. Além da adrenalina causada, o usuário tem mudanças de hábitos muito severas, alteração de humor mais agressivo e uma dependência absurda a ponto de abolir relações psicossociais.       Em tópicos, a instabilidade emocional, por perdas ou problemas familiares e curiosidade, são principais motivos para seu uso, porém, normalmente ela não é porta de entrada, outras drogas mais leves têm-se demonstrado o início a esse mundo, os problemas, é o gatilho, por isso o que se encontra são "poli usurários". Vemos assim que os efeitos vão muito além de mudanças bioquímicas, pois reflete no âmbito familiar, social, político e econômico.       O movimento do crack tem gastos por volta de 8 milhões mensal, revela a revista Estadão. Essa epidemia tem um grande problema, pois o índice de insucesso da reabilitação é a maior entre as drogas. O Ministério da Saúde, com meios de saúde preventiva e de acolhimento mais eficazes, promovendo maior atenção aos usuários e fornecendo mais leitos, que ainda não supre a necessidade, a internação aqueles de baixa renda; Ministério do trabalho e do emprego, garantir inserção do recuperado no meio trabalhista como forma de planejamento a longo prazo; e o Ministério da justiça por missão de garantir e promover cidadania, justiça e segurança pública realizar ações focais nas cidades de maior abertura nas mídias sociais sobre o assunto, bem como intensificar a fiscalização do tráfico de drogas. Como percebemos é uma cadeia de planejamento a longo prazo, sem distinguir o melhor lado, pois assim teremos os melhores resultados.