Enviada em: 21/10/2018

Aos caminhos para combater a epidemia de crack no Brasil, é válido salientar que essa é uma droga estimulante e barata, o que leva a um maior número de usuários pobres em relação aos ricos, apesar de que a frequência de pessoas abastadas a utilizando seja crescente. Agindo no sistema nervoso central, libera uma carga de dopamina, hormônio do prazer, no cérebro, em poucos segundos após utilização da droga. Isso faz com que a dependência venha ocorrer, em média, um mês após o primeiro contato.     Além disso, o crack é uma droga de baixo valor, o que torna mais acessível aos indivíduos que possuem baixas condições financeiras. Contudo, nos últimos anos, o que se observa é um crescente uso por parte dos mais ricos. Segundo uma matéria da revista Carta Capital, desse ano, de 2006 à 2008 o consumo cresceu mais de 139% entre os grupos sociais de maior poder aquisitivo. Sendo assim, o vício propicia situações extremas, sobretudo sobre a população mais carente, que é a mais vulnerável. Em busca de sentir o prazer que o crack proporciona, e assim conseguir uma fuga da dura realidade da pobreza, muitas pessoas acabam se desfazendo da maioria dos seus pertences para adquirir a droga. Uma pesquisa realizada pela Fiocruz, em 2013, mostrou que aproximadamente 40% dos usuários de crack vivem na rua, o que maximiza ao extremo a situação de dependência, já que lá se está longe da família e é mais fácil de se obter essa substância.        De fato, é mais fácil a droga afetar pessoas com o psicológico "mais fraco", no sentido de estar em um estado mental frágil onde ela entrega a sua felicidade e a resolução dos seus problemas na droga, não estando apta para lutar e conseguir uma felicidade realmente estável ou enfrentar os seus problemas. Porém engana-se quem acha que os usuários de crack só são pessoas mais pobres: dados da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, o número de usuários de crack com renda acima de R$10.000,00 aumentou de modo assustador entre 2006 e 2008: houve aumento de 139,5%.       Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. É necessário, portanto, a ação do Estado e da sociedade. O primeiro deve ampliar os investimentos em recuperação dos dependentes químicos, construindo mais clínicas de reabilitação e contratando mais profissionais da área, como médicos, psicólogos e assistentes sociais. Já a população pode compartilhar, em suas redes sociais, os materiais divulgados na internet pelos órgãos de saúde e ONGs (organizações não governamentais) que tratam do tema, para que assim possa aumentar o conhecimento das pessoas sobre os efeitos devastadores do crack.