Enviada em: 13/02/2018

O combate ao uso de drogas é um desafio que o Brasil vem enfrentando e que continua perdendo espaço cada vez mais para o tráfico e para as facções criminosas. Ademais, é sabido que os entorpecentes trazem problemas sérios a vida, a saúde dos seus usuários e agravando, assim, os problemas sociais já existentes na sociedade. Todavia, o combate por parte das autoridades competentes se mostra ineficaz e isso sugere questionamentos sobre a relativa facilidade do acesso às drogas pelo cidadão comum e da inércia de certos políticos perante o tema, em benefício de se manterem no poder através da alienação parcial da sociedade.        Por outro lado, apesar da escravidão ter sido abolida em 1988, é notório que não apresentou mudanças sociais significativas para os negros recém-libertos, pois não era do interesse de uma elite dominante perder qualquer tipo de privilégio alcançado, como terras ou reforma agrária. Hoje, da mesma forma, a escravidão se apresenta com outro aspecto, o vício, sendo uma das formas de quem está no poder escravizar um indivíduo ao permitir que esse tenha acesso a substâncias psicotrópicas que causem dependência e afetem a saúde física e mental de quem a consome, como o “Crack” que pode causar dependência a partir do primeiro uso.         Nesse sentido, seria interessante para políticos corruptos, como o ex-governador Sérgio Cabral, preso atualmente, que mantinha relações diretas com traficantes de favelas cariocas, facilitar o uso pela população em geral de drogas ao não combater o uso de entorpecentes com a seriedade necessária. Afinal, quanto mais o cidadão está alheio aos problemas sociais, como saúde, educação e saneamento, mais fácil é de manipulá-lo, mas também de criar uma trama de laços de corrupção, que consequentemente facilitava desvios de verbas públicas, à margem da lei, como foi apurado pela operação Lava Jato e que prejudicou seriamente o estado do Rio de Janeiro.         Logo, é preciso mudar este cenário caótico, para isso caberia o apoio da própria população e saída desta “caverna” de permissibilidade e aceitação do uso de entorpecentes. Dessa maneira, a divulgação dos efeitos da droga em repartições públicas, como escolas, universidades, postos de saúde, seja através de panfletos ou cartazes que exponham a deterioração na vida de quem a usa, como a já existente para o uso de cigarros. Ademais, com regulamentação através de lei federal criada por iniciativa popular, aprovada pelo Congresso Nacional e direcionada a toda a população para coibir que essa escravidão se perpetue, ajudariam a mitigar essa epidemia que o crack vem causando.