Enviada em: 23/08/2017

Crack o mal do século    Já dizia Eça de Queiroz: dói mais uma dor de dente que uma guerra na China. A frase desse grande escritor reflete os dias atuais vividos no Brasil. O governo finge não enxergar o mal que o "Crack" vem causando á população do país do futebol. Nesse sentido, a negligência do problema toma proporções cada vez mais assustadoras e leva não só as pessoas mais os usuários a pensar que não existe mais saída.    Diante do exposto, dados do "anuário brasileiro de segurança pública" mostram que o número de usuários das classes menos favorecidas é o maior. No entanto, os mais ricos também sofrem com a droga, e de muitas causas que podem afetar a todos independente da classe, está a sensação de não conseguir alcançar as imposições da sociedade. Nesse viés, fica claro que a substância serve muitas vezes como válvula de escape para os obstáculos o que a torna um problema de cunho social.      Além disso, um estudo da "Fiocruz" aponta que as regiões Nordeste e Sudeste concentram o maior número de usuários com 68,3%, isso representa mais da metade do país. Ela nos trás ainda que a população negra é a mais afetada. Diante disso, é evidente que a dívida histórica que a nação tupiniquim tem com essa minoria acabou por afetá-la de modo cruel, porém remediável.      Portanto, a questão é de responsabilidade estatal e social. O Estado, através do Ministério da Saúde, deve investir em clínicas de reabilitação para tratar os usuários de forma digna. O Ministério da Educação, deve incentivar as escolas a promover palestras para informar os pais e alunos sobre os problemas que essa droga pode causar. A mídia como o quarto poder, deve mostrar os efeitos dessa substância na vida das pessoas, entretanto vale destacar os exemplos de quem superou o problema para servir de espelho aos que buscam sair dessa condição. Só assim vamos superar esse mal que se torna cada vez mais persistente.