Enviada em: 12/09/2017

Uma doença chamada crack   Desde gestões passadas a Prefeitura da Cidade de São Paulo vem tentando acabar com a Cracolândia utilizando a força policial, porém, o único resultado obtido por essas investidas é a dispersão momentânea dos usuários. Diante disso, fica evidente que o único caminho existente para acabar com a epidemia do crack é o tratamento, uma vez que os dependentes são vitimas do vício e do tráfico.    Segundo a diretora do Núcleo de Estudo e Pesquisa em Atenção ao Uso de Drogas (Nepad), Ivone Ponczek, os usuários não são criminosos e sim doentes que necessitam de tratamento. Na maioria das vezes, o dependente rouba apenas para saciar o seu vício.    Além disso, vale ressaltar que os usuários só existem porque o produto lhes é assegurado por um esquema internacional de tráfico. Tal atividade é ainda mais esdrúxula no Brasil, tendo em vista que a fiscalização feita na fronteira é insuficiente. Sendo assim, o crack se difundi pelo Brasil e chega com facilidade as baladas, universidades, escolas etc. Referente a isso, uma pesquisa da FIOCRUZ apontou que 13,1% dos viciados em crack são crianças e adolescentes.   Portanto, é necessário adotar novos caminhos para combater a epidemia do crack no Brasil. A princípio, as Prefeituras em parceria com o Governo Estadual devem fazer investimentos para construir mais centros de reabilitação e assim internar o máximo de viciados possíveis. Da mesma forma, o Ministro da Justiça, Raul Jungmann, precisa autorizar a abertura de novos concursos para a Polícia Federal a fim de reforçar o policiamento nas fronteiras e assim desarticular as organizações criminosas desse ramo. Por fim, cabe ao MEC implantar em todas as escolas o Programa Educacional de Resistência às Drogas (PROERD), no qual alunos do ensino fundamental e médio serão orientados sobre aos riscos do envolvimento com as drogas.