Ao falar sobre crack é comum ouvirmos que basta apenas um trago para que o indivíduo torne-se um dependente químico. O único objetivo de um viciado é conseguir a próxima pedra. A procura pela droga é grande em todo o Brasil, enxerga-se nela uma maneira de esquecer os problemas do cotidiano. As chamadas cracolândias estão cheias de pessoas que podem cometer qualquer ato em busca da droga. A criminalidade nesses locais é alta e a esperança do abandono do vício é baixa. A maior ocorrência de pequenos delitos em áreas denominadas de cracolândias se deve a necessidade do viciado em fazer o uso da droga. Com sua condição psicológica alterada existe a ocorrência de assaltos, agressões e até a prostituição, o usuário se dispõe a passar por momentos humilhantes e a viver em condições precárias para fazer o uso do entorpecente. Segundo pesquisa realizada pela UNIFESP 30% dos viciados morrem devido as debilidades comportamentais dos mesmos. Um experimento denominado de "Paraíso dos ratos" evidencia que o vício é causado pela necessidade de encontrar um escape de um vida social infeliz. Mostra-se, assim, que provavelmente se os viciados pudessem optar por melhores condições de vida dificilmente estariam em um lugar calamitoso como a cracolândia. Em outros tempos o crack era um problema relacionado com a população de regiões periféricas. Hoje a realidade mudou e é tratado como uma epidemia nas mais variadas classes sociais. Devido a alta viciabilidade e ao fácil acesso à droga essa situação pode vir a piorar e a necessidade de combater o uso e o tráfico é essencial para que o Brasil evolua. Dado o exposto, portanto, é necessário que haja uma intervenção estatal buscando as melhorias de todos os setores essenciais para a formação de um cidadão completo: escola, saúde e entretenimento. A sociedade, por sua vez, deve entender o vício como uma doença. Cabendo ainda ao viciado buscar um clínica de reabilitação pois só com vontade própria é possível superar a dependência e alavancar melhores condições de vida.