Enviada em: 03/11/2017

Historicamente, o Brasil sempre esteve no topo de países consumidores de drogas. Isso acontece com as drogas lícitas ou ilícitas. No entanto, com a epidemia do crack, a nação precisa dificultar a entrada de drogas em nosso território. Ademais, os atuais usuários devem ser tratados para que não se forme cada vez mais cracolândias nos centros urbanos.       Em primeiro lugar, o crack consumido em nosso país não é produzido aqui. Ele é produzido no Peru e na Colômbia, mas chega pela fronteira Brasil-Bolívia. Ou seja, as fronteiras brasileiras são muito frágeis e permitem, com facilidade, a entrada de drogas pesadas. Dessa forma, fica evidente a necessidade do governo em fiscalizar melhor as fronteira em prol de limitar o poder do tráfico no território brasileiro.        Além disso, a política repressiva contra os usuários cria um ciclo vicioso. Os viciados abandonam a família, seguem o caminho da violência, são presos pela polícia, mas nunca tratados como doentes. Nesse contexto, os usuários não voltarão à vida comum, pois nunca trataram do vício. Ademais, existe diversos casos em que a pessoa fica anos em tratamento para abandonar o desejo de fumar crack. É necessário políticas públicas em busca da recuperação dos usuários para que os mesmos não voltem ao tráfico e possam reconstruir suas famílias.        Em síntese, o Estado é omissão em relação às fronteiras e não oferece tratamento adequado aos usuários. Logo, o Ministério da Defesa em parceira com o Exército deve fiscalizar melhor as fronteiras, utilizando tecnologia de ponta, para impedir a entrada do crack por meio das fronteiras. Como também, transferir o foco da polícia repressiva para o Ministério da Saúde em busca de tratamento para os usuários e o fim do ciclo vicioso. Dessa forma, o Brasil poderá vencer a epidemia do crack e reestruturar diversas famílias destruídas pelos efeitos da droga.